Economia

Boavista é foco de projeto de habitação e retalho de 28 milhões de euros

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Miguel Nogueira

Já foi o lugar da antiga Fábrica de Fibra Comercial Lusitana e para ali já esteve projetada uma urbanização de luxo. Na zona do Foco, colada à Avenida da Boavista, vai agora nascer um projeto que, seguindo as diretrizes do Plano Diretor Municipal (PDM), dará primazia ao uso residencial, servindo uma zona que tem sido considerada de excelência pelo setor empresarial para se fixar.

O investimento é da Nova Vaga, que aplicará mais de 28 milhões num projeto misto, de habitação e retalho, num terreno com quase dois hectares situado, precisamente, na Rua Fernando Pessoa e Rua Azevedo Coutinho, no Central Business District (CBD) da Boavista.

“O ativo contempla duas parcelas inseridas em loteamento, com 3.380 metros quadrados de área de terreno e uma capacidade construtiva acima do solo de 13 mil metros quadrados”, especifica em comunicado a consultora imobiliária Savills, que assessorou a venda dos dois lotes.

Aquele terreno é considerado pelo PDM como uma “área de frente urbana contínua em consolidação” e para ali há permissão para a construção de um edifício, por lote, de uso misto, mas predominantemente para uso residencial, sublinha a consultora, citada pelo Jornal de Negócios.

“A localização privilegiada e consolidada, coexistindo harmoniosamente com vários edifícios de escritórios, comércio e serviços, estruturas residenciais, tudo isso em covizinhança com uma das avenidas mais emblemáticas da cidade, a Avenida da Boavista, traduz-se num dos fatores de diferenciação e valorização desta propriedade”, remata a Savills.

Para Artur Silva, administrador da Nova Vaga, esta “é uma aquisição importante para a empresa e que está perfeitamente alinhada com a estratégia delineada, localização de excelência, qualidade de construção e bons acabamentos”.

"É sempre entusiasmante e gratificante concluir com sucesso processos de venda na cidade invicta, contribuindo desta forma para a sua valorização e crescimento. O Porto e esta localização em particular, tem baixos níveis de oferta residencial, pelo que, é com especial satisfação que, em período de pandemia, assistimos a esta inequívoca prova de resiliência do mercado”, salienta Filipe Santos, diretor associado da Savills Portugal.

O Central Business District da Boavista tem captado forte procura pelo mercado de escritórios, representando, com cerca de 70% das operações transacionadas em 2020. Os dados são da consultora imobiliária Predibisa que, no seu recente relatório, registava a dinâmica empresarial e económica da cidade com uma ocupação de 10.269 metros quadrados de escritórios só no terceiro trimestre do ano passado, o equivalente a 6% acima da procura verificada no mesmo período de 2019.