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Blip continua a crescer e vai contratar mais de uma centena

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Para responder a um crescimento na ordem dos 50%, a Blip está focada em contratar mais de uma centena de trabalhadores até ao final do ano. Os perfis procurados são, maioritariamente, engenheiros de back-end e delivery managers, mas também há vagas para mobile, front-end, developers.

A informação foi partilhada pela diretora geral da empresa em entrevista à TSF. Sara Sousa começou por lembrar que, quando nasceu, em 2009, a Blip, incubada no UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, “começou só com três pessoas e, nessa altura, era uma empresa 100% portuguesa que fazia software para outras empresas”.

Em 2012, foi adquirida pelo grupo formado pela Paddy Power e pela Betfair, o Flutter Entertainment, cotado na Bolsa de Valores de Londres, sendo hoje responsável pela gestão tecnológica de suporte às mais de 70 milhões de transações que a multinacional, especializada em apostas online, regista por dia.

Em 2016, passou a sua sede para o Bonfim com o apoio da Câmara do Porto, dentro da estratégia municipal de reabilitação urbana e de criação de emprego na zona oriental da cidade.

Empregando atualmente 420 pessoas, a Blip assume que “o nosso maior objetivo é o crescimento”. Com esse processo já iniciado, a tecnológica admite que precisa de captar talento. “Vamos chegar aos 575 trabalhadores pelo menos no final do ano”, avança Sara Sousa.

A totalidade do software produzido em Portugal é para exportação e as aplicações desenvolvidas já têm mais de dez milhões de utilizadores. Portanto, admite a diretora geral da tecnológica, “temos desafios de escala muito importantes e, se calhar, pouco comuns no mercado nacional, tendo em conta as aplicações que desenvolvemos, o que se torna muito interessante para as pessoas que trabalham connosco”.

Sara Sousa explica que “o grupo Flutter faz a internacionalização de forma autónoma” e, por isso, a Blip “não irá crescer para outros países, mas irá crescer este ano, e ao longo dos próximos anos, aqui em Portugal, que é o nosso foco principal”.

Com uma política de flexibilização quanto à localização dos trabalhadores, a tecnológica “permite trabalhar 100% de casa e vir ao escritório apenas uma vez a cada trimestre, o que é também comparticipado pela empresa”.

Recorde-se que a Blip figura com frequência nas listas de melhores empresas para trabalhar em Portugal; em 2017, chegou a ser reconhecida pelo governo britânico com a atribuição do "Overseas Direct Investment Award" pelos seus contributos para a relação comercial entre Portugal e o Reino Unido.