Cultura

Bibliotecas municipais sugerem viagens com livros. Ou vice-versa

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Livros e viagens estão historicamente ligados. Seja física ou psicologicamente, a leitura é um dos principais modos de viajar para outros lugares. Esse é o prólogo que antecede as sugestões de leitura das Bibliotecas Municipais do Porto para férias de verão em segurança.

“Este tema pretende chamar a atenção para a viagem que cada livro pode ser, bastando para isso que cada leitor faça a sua escolha e se disponha a largar amarras e a partir embalado pela leitura, ao encontro de novos lugares, novas emoções e novas ideias”, referem as bibliotecas.

Alguns livros são mais literais que outros e descrevem aventuras de viajantes portugueses, como Filipe Morato Gomes e a sua “Alma de Viajante”, Gonçalo Cadilhe, que escreveu “Nos passos de Magalhães: uma biografia itinerante”, ou, no trilho da máxima “viajar para fora cá dentro”, o “Leva-me contigo: Portugal a pé pela Estrada Nacional 2”, de Afonso Reis Cabral.

E se a vontade for viajar em terras nacionais, também é possível fazê-lo com o sentimento na bagagem e os livros “Viagem a Portugal”, de José Saramago, ou o clássico de Almeida Garrett, “Viagens na Minha Terra”. Ainda em Português, também Ruben A. contribui para as sugestões com “”Um Adeus aos Deuses: Grécia”.

Imprescindíveis para os amantes de viagens, as Bibliotecas Municipais do Porto não deixam de fora “Pela Estrada Fora”, de Jack Kerouac, e “O Velho Expresso da Patagónia”, de Paul Theroux. Entre os autores mais conhecidos, vale ainda a leitura de Joahann Wolfgang Goethe e a sua “Viagem a Itália”, Italo Calvino e “Um otimista na América”, ou, de John Steinbeck, “Viagens com o Charley”.

Da farta lista de sugestões fazem também parte “Uma viagem sentimental por França e Itália pelo sr. Yorick”, de Laurence Sterne, “Com esta chuva”, de Annemarie Schwarzenbach, “Danúbio”, de Claudio Magris, “Diário da bicicleta” de David Byrne, “A arte de viajar”, de Alain de Botton, “Viagens: compilação de escritos, 1950-1993”, de Paul Bowles, “Mar sem fim: 360º ao redor da Antártica”, de Amyr Klink, e “Livre: uma história de autodescoberta, sobrevivência e coragem”, escrito por Cheryl Strayed.

Além das histórias, há ainda viagens feitas através de diários gráficos como “Histórias etíopes: diário de viagem”, de Manuel João Ramos, os “Diários de viagem” de Eduardo Salavisa, e “Vida subterrânea”, da autoria de António Jorge Gonçalves.

Para requisitar qualquer um destes – ou outros – livros, os leitores podem entrar em contacto com as bibliotecas municipais em bmp.cm-porto.pt ou através do número 225 193 480.

Com estas sugestões, a citando o poema “Ítaca”, de Konstandinos Kavafis, as Bibliotecas Municipais do Porto deixam a mensagem: “(…) Mas não te apresses nunca na viagem. / É melhor que ela dure muitos anos, / que sejas velho já ao ancorar na ilha, / rico do que foi pelo caminho, / e sem esperar que Ítaca te dê riquezas. / Ítaca deu-te essa viagem esplêndida. / Sem Ítaca, não terias partido. / Mas Ítaca não tem nada para dar-te. / Por pobre que a descubras, Ítaca não te traiu. / Sábio como és agora, senhor de tanta experiência, / terás compreendido o sentido de Ítaca.”. Porque a viagem importa mais do que o destino.