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Belgas constroem habitação sustentável em Campanhã com assinatura de Souto de Moura

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Filipa Brito

A promotora belga Krest Real Estate vai construir mais de 70 mil m2 junto à estação de comboios de Campanhã num empreendimento que contempla habitação, escritórios, hotelaria e restauração e com um elo unificador: ser sustentável. A assinatura do projeto tem o nome de Eduardo Souto de Moura e a construção deverá iniciar em 2022.

A aposta da Krest na zona oriental da cidade é justificada pelo desenvolvimento de mobilidade a que ali se assiste com o Terminal Intermodal. “A zona é espetacular. Quando vi os terrenos junto à estação da Campanhã não pensei num hotel ou em escritórios, vi mobilidade. Essa foi a minha visão. E disse à minha equipa que tínhamos de ter aquele espaço custe o que custar”, conta o diretor executivo da empresa à idealista/news.

Claude Kandiyoti admite que “o mercado do Porto tem potencial para mais projetos da Krest”, que estão a seguir no caminho de “novos conceitos de vida” para os portugueses: “em relação aos escritórios onde as pessoas possam trabalhar como se estivessem em casa e em relação aos projetos habitacionais queremos criar casas onde as pessoas também possam sentir que estão no escritório e bem integrados com a questão do teletrabalho. Tudo integrado numa lógica mais sustentável, com pouco uso do automóvel, por exemplo”, disse à revista Visão.

O “projeto de uso misto, que será um espaço multifacetado e agregador de dinâmicas ecológicas, criativas e colaborativas, sustentado numa identidade urbana inovadora” tem, no topo das prioridades, critérios de sustentabilidade, em linha com a ESG-Environmental, Social and Governance, de melhoria da mobilidade e de acesso à educação. A ideia é criar "novos locais, regenerando áreas fora da cidade", afirma o diretor da promotora, para quem este será “um critério do qual não abdicamos”.

O empreendimento em Campanhã é o primeiro investimento da Krest na cidade, mas não deverá ser o único. Claude Kandyioti garante que “a aposta no Porto não é para o futuro, é para agora, para o presente. Temos vários projetos em vista”, que poderão passar por mais projetos residenciais e um hotel. Em Portugal, a carteira de investimentos da empresa belga ascende a 200 milhões de euros.