Urbanismo

Avança processo de compra de ilha nas Fontainhas para garantir segurança do local

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Miguel Nogueira

Depois das enxurradas que, no início do ano, danificaram várias habitações no Bairro dos Moinhos, a prioridade do Município é garantir a segurança do local. Para isso, estão em curso avaliações preliminares e contactos com os proprietários para que a Câmara do Porto proceda à aquisição total daquela ilha nas Fontainhas.

À margem da reunião de Executivo, na manhã desta segunda-feira, o vereador com os pelouros do Urbanismo e Espaço Público e da Habitação informou, ainda, que, dos quatro agregados que viviam em casas interditadas pela Proteção Civil, “dois já foram realojados pela Câmara Municipal”.

“Um terceiro ainda não foi realojado, apesar de já lhe terem sido propostas duas alternativas habitacionais, que não foram aceites pela vontade de permanecer na freguesia do Bonfim. Também aqui já foi identificada a solução habitacional, um fogo que está a ser reabilitado, prevendo-se que para ali vá viver no final de junho”, adiantou Pedro Baganha.

O quarto caso “tem soluções habitacionais, no âmbito da sua esfera familiar, e, por isso, prescindiu do realojamento por parte da Câmara Municipal”.

Pedro Baganha reforça que só comprando “a ilha na sua totalidade” será possível ao Município iniciar um estudo para “perceber quais são as condições geofísicas daquele território”. “Não nos podemos esquecer que, por baixo dessa ilha, passa uma ribeira. E foi essa ribeira, a Ribeira das Patas, que provocou os problemas de janeiro deste ano”, esclarece o vereador.

O Plano Diretor Municipal do Porto prevê para aquele local, precisamente, uma bacia de retenção, um mecanismo que, assegura Pedro Baganha, permitirá “resolver estas enxurradas rápidas”.

O vereador lembra que “com as alterações climáticas por um lado, e um conjunto de obras que se tem feito na cidade para uma maior eficácia do sistema de drenagem de águas pluviais por outro, se tem vindo a perceber que a Ribeira das Patas, que é de regime torrencial, tem tido uma violência que não é comparável com a que, historicamente, conhecemos”.

Considerando “prematuro saber qual é o futuro do Bairro dos Moinhos”, ainda que “todas as possibilidades estejam em aberto”, Pedro Baganha reforça, no entanto, que “qualquer que seja a resolução deste problema, passará, inevitavelmente, pela aquisição da ilha por parte do Município”.