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Aterrou no Porto o primeiro boeing da Emirates que liga a cidade ao Médio Oriente. Veja as melhores imagens.

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O voo inaugural do Boeing 777 aterrou às 14,15 horas desta terça-feira no Aeroporto Francisco Sá Carneiro. A partir de hoje, são quatro ligações diretas semanais entre o Porto-Dubai, que beneficiam não só a cidade como a Região Norte de Portugal e toda a Galiza. A aposta no Porto acontece porque a cidade está a "desenvolver-se muito rapidamente" e cobre mais de 2,5 milhões de pessoas, salientou esta tarde o responsável da Emirates para a Europa, Rússia e América Latina, Thierry Aucoc, durante a cerimónia de boas-vindas.

Fez a aproximação à pista do Aeroporto do Porto numa tarde em que as nuvens já tinham dispersado do céu. O tradicional batismo, assinalado com jatos de água sobrepostos, indiciava que não se tratava de um qualquer avião. E, se dúvidas houvesse, a palavra Emirates inscrita nas laterais do boeing apelidado de "triple seven", a par das suas potentes turbinas, dissiparam-nas.

Afinal, o Aeroporto Francisco Sá Carneiro viu hoje mais uma companhia de bandeira chegar, num voo sem lugares vazios, com 302 passageiros a bordo (264 em económica e 38 em executiva). Entre eles, Ricardo Valente, vereador da Economia, Turismo e Comércio da Câmara do Porto, que esteve no Dubai a apresentar o Porto como destino turístico e de negócios.

Na conferência de imprensa que se sucedeu à chegada do voo, foi com entusiasmo que Thierry Aucoc assinalou a aterragem no Porto, cidade que identificou como estratégica para a Emirates, ao cobrir não só toda a região Norte de Portugal, como também a ocupar um lugar de destaque na aproximação à Galiza. E, de acordo com as impressões que já tinha trocado com o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, foi o "rápido desenvolvimento da cidade" que norteou a decisão, referiu.

"Toda esta área é extremamente dinâmica em termos de corporate [negócios] e também de turismo", sublinhou o vice-presidente sénior da Emirates para a Europa, Federação Russa e América Latina, que destaca, entre a vaga de income business, os mercados de Taiwan, China, Japão e Austrália.

Por outro lado, esta ligação direta ao Dubai, destino que já "capta cerca de 16 milhões de visitantes por ano", irá potenciar fundamentalmente "a aproximação do Porto ao sudoeste asiático, China, Austrália, região do Índico e sudoeste de África", garantida pela extensa rede da Emirates. A capacidade de transporte de mercadorias dos boeings que vão operar esta rota, na ordem das 15 toneladas por voo, acresce às vantagens competitivas.

José Luís Arnaut, presidente do Conselho de Administração da ANA - Aeroportos de Portugal, destacou na sua intervenção que "é um motivo de orgulho passar a integrar a rede de aeroportos e regiões que são servidas por voos Emirates no Porto" e que "o voo direto vem aumentar fortemente a conectividade do Aeroporto e ligar a Região a um dos principais hubs mundiais".

Como continuou, esta operação de quatro voos por semana resultou de "um longo trabalho conjunto da ANA (grupo Vinci) com a Emirates, do apoio de parceiros nacionais e regionais do turismo", bem como do "apoio continuado e empenhado" do presidente da Câmara do Porto no crescimento do Aeroporto, a quem dirigiu pessoalmente o seu agradecimento.

Aeroporto do Porto duplica número de passageiros nos últimos cinco anos

Em 2018, o Aeroporto do Porto registou o maior crescimento na rede ANA. De 6,3 milhões de passageiros em 2013, aproximou-se dos 12 milhões no final do ano passado. "Quase duplicou o número de passageiros nos últimos cinco anos", destacou o presidente do Conselho de Administração. E, de acordo com outros dados apresentados, o crescimento é sustentado e já não depende da sazonalidade, porque entre o inverno de 2013 e o de 2018 o número de passageiros também duplicou (de 2,2 milhões para 4,4 milhões de pessoas).

Atualmente, 32 companhias aéreas operam no Aeroporto Francisco Sá Carneiro para 87 destinos diretos, num total de 98 rotas.

Neste período de tempo, verificou-se que, além das companhias ditas low-cost, o Porto conseguiu atrair companhias de bandeira, como a Turkish Airlines, United Airlines, British Airways, Air France, KLM, entre muitas outras, que proporcionam ligações diretas a destinos longínquos e economicamente estratégicos. A esta longa lista junta-se agora a Emirates.