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As histórias de ambiente são como as cerejas e as sementes que se espalham

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As histórias que a equipa de Educação Ambiental do Município do Porto tem para contar são como as cerejas. A natureza não para de dar motivos para mais um episódio de “De binóculos no sofá”. E porque é tempo delas, o vídeo mais recente é mesmo para conhecer melhor a cerejeira.

Talvez este fenómeno a que se associam as cerejas, de que depois de uma há sempre vontade de comer outra - e outra… - tenha a sua explicação científica na capacidade da própria árvore que lhe dá vida em se espalhar através das suas raízes.

Ou talvez seja pela ajuda que aves como o melro ou o gaio dão, particularmente apreciadores de cerejas, na dispersão das suas sementes. A cerejeira brava é uma das árvores preferidas destas e outras espécies voadoras. Aliás, o seu nome científico - Prunus avium - diz mesmo que esta é uma árvore “das aves”.

Da sua capacidade para ganhar terreno surge a vertente solidária: a cerejeira, cuja história remonta à Grécia Antiga, tem um papel fundamental na sucessão ecológica ao preparar o terreno para outras árvores, como as faias e os carvalhos, brotarem.

As flores da cerejeira são hermafroditas e têm grande capacidade de defesa contra doenças e pragas. São uma das preferidas dos polonizadores, as abelhas. E se a conversa é sobre cerejas, é preferível não escolher as das cerejeiras bravas, que são menos doces do que as habitualmente comercializadas.

Além do sabor, são bastante conhecidas as propriedades antioxidantes das cerejas, amigas da prevenção das doenças cardiovasculares e de diversos tipos de cancro. Da madeira da cerejeira, nascem muitas das peças de mobília considerada de luxo, mas também há quem lhe reconheça o uso para a construção de instrumentos.

Noutros episódios da série “De binóculos no sofá”, a equipa de Ambiente da Câmara do Porto observou a joaninha, o pisco de peito ruivo, a carriça, o amieiro, a camélia, salamandra-de-pintas-amarelas, o pardal ou o azevinho. Todos os episódios estão disponíveis no YouTube do portal Porto. ou através das hashtags #ambientedescomplicado, #debinoculosnosofa, #historiascomambientedentro, #biodiversidadeemcasa e #atelierdaboavida.