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Às dez primaveras, Primavera Sound cresce para a sustentabilidade

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“O Porto é o melhor anfitrião do mundo”. Alfonso Lanza, diretor do Primavera Sound Barcelona, veio ao Porto para a apresentação da décima edição daquele que já muitos consideram um dos melhores festivais do mundo. Com a música marcada para os dias 7, 8, 9 e 10 de junho, o Primavera Sound Porto assume a missão de crescer, em vários campos, rumo à sustentabilidade.

Na Casa do Roseiral, o presidente da Câmara do Porto deu as boas-vindas “à Primavera e ao Primavera número dez”. “Estamos ansiosos”, partilhou Rui Moreira, com a certeza de que “o Porto está muito bem preparado para receber estes festivais”.

E o Parque da Cidade continua a oferecer as melhores condições para um evento que, na última edição, atraiu cerca de cem mil pessoas. “É uma joia que temos e temos que ter desafios que se adequem a ele”, considera o presidente da Câmara.

Com vontade de que o Primavera Sound Porto seja sempre melhor, o Município do Porto deverá aumentar o apoio ao festival e o Executivo vai propor a atribuição de 650 mil euros, seguro de que, sublinha Rui Moreira, “o impacto na economia é de três vezes mais o orçamento do festival”.

Na última edição, e de acordo com um estudo conduzido pelo ISAG – European Business School e pelo Centro de Investigação em Ciências Empresarias e Turismo da Fundação Consuelo Vieira da Costa, o Primavera Sound teve um impacto económico de 36,1 milhões de euros na cidade.

Preservar o Parque e manter o ADN dos desafios

O diretor daquela que foi a primeira internacionalização do festival catalão escolheu a palavra “crescimento” para caraterizar a edição número dez. Crescimento no número de dias – de três para quatro -, no número de atuações (76 artistas), em orçamento, que ascende aos 13 milhões de euros, e de área ocupada (mais cinco a seis hectares).

José Barreiro sublinhou a importância “das obras de expansão do Parque da Cidade”, que permitiram chegar “a um novo modelo que nos vai permitir crescer de forma sustentada nos próximos anos”. Aliás, a sustentabilidade foi um compromisso assumido entre a organização do Primavera Sound e a Câmara do Porto, sempre com a preservação do Parque assegurada.

Para o diretor do festival, “é um prazer ter uma autarquia que compreende e se identifica com o nosso ADN”, que, acredita José Barreiro, é “o ADN de novos desafios, novas propostas”, mas também o de um crescimento sustentável, sem “crescer tudo de uma vez”. Para esta edição, o Primavera Sound estima poder receber até 45 mil pessoas diariamente.

Porto, Primavera, Parque da Cidade, paridade

Por seu lado, o diretor do festival de Barcelona garantiu que “sabemos bem qual foi a primeira cidade a apostar no Primavera Sound”. “O sucesso não foi por acaso”, acredita Alfonso Lanza, em referência “à proximidade da Câmara do Porto, que entende tão bem as necessidades do festival”.

Este ano, atuam no Parque da Cidade Kendrick Lamar, Rosalía, Pet Shop Boys, Blur, Halsey, ou New Order, naquele que o responsável catalão considera “o cartaz mais ambicioso de dez anos de história”, mas também “um cartaz paritário”, uma missão que a organização vem procurando desde 2019.

Alfonso Lanza acrescentou, ainda, que “não podíamos estar mais felizes” com o local que acolhe o festival, considerando o Parque da Cidade “um dos melhores recintos do mundo para receber um festival”.

Reforçando que “o Porto é o melhor anfitrião do mundo”, o diretor do festival catalão assumiu que “o Primavera Sound também é embaixador do Porto no mundo”. “Estamos aqui para ficar”, assegurou Alfonso Lanza.