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Árvores mortas com pesticida em Montevideu vão ser substituídas

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Miguel Nogueira

Já se contam 27 exemplares de árvores e arbustos atacados com pesticida na Avenida de Montevideu. Situação foi denunciada pelo Município do Porto na passada sexta-feira e está ao cuidado da Polícia Municipal e da Polícia de Segurança Pública. O maior impacto foi sentido em nove metrosideros - árvores centenárias classificadas, de grande valor patrimonial -, estando a autarquia a dar início ao processo de substituição das espécies afetadas.

Reforçando que “houve uma tentativa de matar as árvores e bem conseguida em alguns casos”, o presidente da Câmara do Porto considera a atitude “um ato a todos os títulos lamentável, um crime”.

Ainda sem perceber “o que motivou uma coisa desta natureza”, Rui Moreira assumiu, durante a reunião de Executivo desta segunda-feira, a “extrema importância” desta situação, garantindo estarem a ser “tomadas medidas para mitigar” o impacto.

O alerta para a descoberta de furos de grande dimensão em, pelo menos, 19 árvores na Avenida de Montevideu foi dado na tarde da passada sexta-feira. Depois de recolhidas amostras da substância encontrada nos buracos, o material foi enviado para o Laboratório de Polícia Científica para determinar a sua composição.

O vice-presidente da Câmara acrescentou que os furos foram encontrados em árvores que os serviços municipais se encontravam a observar por apresentarem ramos secos, o que poderia denunciar a existência da bactéria xylella fastidiosa. “Estamos extremamente preocupados”, afirma Filipe Araújo, que lembra como a autarquia vem “detetando atos de vandalismo em arvoredo em vários pontos da cidade, normalmente por causa da vista que as árvores retiram”.

A preocupação do Município do Porto está, neste momento, em “salvar as espécies” que forem possível, envolvendo, para isso “investigadores e especialistas na matéria”.