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Arranca hoje operação de recolha residencial seletiva de resíduos porta-a-porta

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A partir desta segunda-feira o Porto passa a ter recolha residencial seletiva de resíduos porta-a-porta em 2.850 fogos, no setor residencial de casas unifamiliares.

O projeto foi apresentado no sábado, no âmbito do evento Cidade+, pelo vice-presidente e vereador da Inovação e Ambiente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, que explicou que a recolha irá arrancar nas zonas das Uniões de Freguesia de Lordelo do Ouro e Massarelos, Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde e da freguesia de Ramalde.

"Este porta-a-porta residencial insere-se na estratégia de aumento da separação seletiva de resíduos no Porto, sendo que é o primeiro projeto que inclui a separação e recolha da fração orgânica residencial, que se soma à já existente recolha de orgânicos não residenciais", explicou Filipe Araújo.

Para o efeito, estão a ser distribuídos nos fogos das zonas abrangidas mais de 17.000 contentores para recolha dedicada de papel/cartão, plástico/metal, vidro, resíduos orgânicos e resíduos indiferenciados, decorrendo em simultâneo ações de sensibilização, apelando para uma correta separação, e de informação sobre a periodicidade da recolha e os procedimentos de deposição, sob o mote "Reciclar é dar +". 

O projeto, implementada pela Câmara do Porto através da empresa municipal Porto Ambiente, em colaboração com a associação intermunicipal Lipor, implicou um investimento de 500 mil euros e incluiu a compra de dois veículos de recolha de resíduos movidos a gás natural, os primeiros de uma frota que, no futuro, privilegiará este tipo de combustível com menor impacto ambiental.

Segundo o vereador Filipe Araújo, as poupanças resultantes dos resíduos recicláveis recolhidos reverterão a favor da Somos Nós - Associação para Autonomia e Integração de Jovens Deficientes (IPSS).

A Porto Ambiente gere anualmente mais de 140.000 toneladas de resíduos, num concelho com mais 215.000 habitantes, aos quais acresce uma população flutuante de cerca 180.000 pessoas por dia, que trabalham ou estudam na cidade.

Contudo, disse Filipe Araújo, são enviados para aterro "menos de 1%" dos resíduos produzidos" (o restante é reciclado), o que coloca o município "ao nível das melhores práticas" europeias e de cidades como Copenhaga ou Estocolmo.

Dois dias para pensar a sustentabilidade no Cidade+

Os Jardins do Palácio de Cristal e o Auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett foram novamente o palco escolhido para a quinta edição do Cidade+, o evento dedicado ao ambiente e sustentabilidade em contexto urbano.

Conferências, conversas, oficinas, aulas abertas, exibições, concertos, reflexões e partilha de experiências à volta do tema preencheram o programa da iniciativa organizada pela associação DaRaiz, em parceria com a Câmara do Porto, que pretende divulgar e promover a adoção de comportamentos ambientalmente mais responsáveis, através do encontro entre projetos, empresas, autarquias, instituições e cidadãos.

Um mercado de produtos sustentáveis "mercadeco", a praça empresarial para divulgação de empresas e projetos da área da sustentabilidade, a "Rede Mais" um espaço para conversas, foram alguns dos polos de atração do recinto. Destaque também para o "Vou levar-te Comigo", uma iniciativa que permitiu aos visitantes trocar bens usados.