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Arquivo de José Mário Branco fica acessível online

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O cantautor portuense, que é a personalidade homenageada pela Feira do Livro do Porto deste ano, abriu o arquivo pessoal com mais de um milhar de documentos que ajudam a estudar o seu percurso artístico.

Partituras, cartas, letras de canções, alinhamentos de espetáculos, fotografias, material de trabalho, maquetas, ficheiros áudio e outros documentos, num total superior a mil, integram o arquivo pessoal do músico, que resolveu abri-los a uma investigação académica no âmbito da qual ficam a partir de hoje acessíveis ao público em http://arquivojosemariobranco.fcsh.unl.pt.

"É um repositório de informação muito importante, porque ilustra a trajetória de um cantautor com muito peso na música portuguesa e documenta a rede de relações artísticas, como a música, o teatro, a intervenção", explica o investigador Manuel Pedro Ferreira, presidente do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), da Universidade Nova de Lisboa, citado pela Lusa.

O público poderá pesquisar informações relacionadas com o processo de trabalho de José Mário Branco enquanto compositor, intérprete e produtor, sobre o tempo de exílio em França, sobre a colaboração com José Afonso e sobre o trabalho no coletivo Grupo de Acção Cultural - Vozes na Luta, entre outras.

Como sublinha o investigador, este "é um arquivo central para se perceber como é o universo da música de intervenção, a relevância política, social e cultural e também para potenciar reinterpretações do repertório" de uma das personalidade que mais marcaram a música portuguesa desde a década de 1960.

No acervo agora disponibilizado só "faltam os fonogramas" que estão ainda licenciados a uma editora, lamenta José Mário Branco, que completou 76 anos a 25 de maio e cujos 50 anos de carreira serão assinalados na Feira do Livro de Porto, entre 7 e 23 de setembro próximo.