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Área Metropolitana aprovou comparticipar com sete milhões obras no Coliseu e academia de futebol da AFP

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Miguel Nogueira

A Área Metropolitana do Porto (AMP) aprovou hoje, por unanimidade, a comparticipação nas obras de reabilitação do Coliseu do Porto e na futura academia da Associação de Futebol do Porto (AFP), investimentos de cerca de sete milhões de euros.

Quanto ao Coliseu, o presidente da AMP disse à Lusa que a participação decorre da condição da AMP, enquanto associado da Associação Amigos do Coliseu, que conta ainda com o Ministério da Cultura e a Câmara do Porto. "Se fizermos uma divisão simples que ainda vai ser negociada, porque acreditamos que o Estado possa entrar com capital suplementar, estamos sempre a falar na casa de um terço dos seis milhões que estão previstos para reabilitar a infraestrutura", portanto, cerca de dois milhões de euros, frisou Eduardo Vítor Rodrigues.

O também presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia garantiu que, agora, será feita a candidatura a fundos europeus e que a intenção é manter o Coliseu na esfera pública, "sem ter que ir à solução um bocadinho mais polémica, que era a solução da concessão". "Dessa forma, fica respeitada a vontade do presidente da Câmara do Porto [Rui Moreira], e a vontade acho que de toda a região, que preferiria ter o equipamento no âmbito público do que num âmbito concessionado", acrescentou.

Já a 9 de outubro, o presidente da Associação Amigos do Coliseu do Porto tinha revelado que as obras imediatas de substituição do telhado do edifício iriam arrancar em novembro e a empreitada deverá estar terminada em janeiro. Na quinta-feira, ao jornal Público, Miguel Guedes tinha dito esperar que a AMP avançasse o investimento mais estrutural, falando em 3,5 milhões de euros para uma obra "urgente e decisiva" de reabilitação do equipamento na fachada, nas caixilharias e nos circuitos de acessibilidade.

Academia da AFP vai avançar

Quanto à construção da academia da Associação de Futebol do Porto (AFP), a AMP tem "um ponto partida de cinco milhões" de euros, mas ainda será analisado, no decorrer do "processo negocial, o valor em concreto e qual é a metodologia de distribuição do ónus financeiro". "A contratualização é feita com a AMP enquanto entidade jurídica, mas quem comparticipa, financeiramente, são apenas os municípios do distrito do Porto, uma vez que no distrito de Aveiro, onde estão muitos municípios da área metropolitana, há um projeto idêntico, e eles já estão a pagar para esse projeto", explicou Eduardo Vítor Rodrigues. Recorde-se que os municípios da AMP que fazem parte do distrito de Aveiro são Espinho, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Arouca e Vale de Cambra.

O novo centro de formação da AFP pode vir a ser "utilizado pelos próprios municípios, mediante calendarização naturalmente, mas apenas os municípios do distrito do Porto", explicou.

Em março, a Câmara do Porto concretizou a escritura de cedência de um terreno, em Ramalde (Avenida da Cidade de Xangai), para a instalação da academia da AFP. O projeto prevê três campos de futebol de 11 (dois sintéticos e um relvado), um para o futebol de praia e outro para segmentos específicos, como o treino de guarda-redes, balneários, armazéns e zonas de logística. A 24 de outubro de 2022, a cedência do direito de superfície do terreno à AFP foi aprovada com os votos favoráveis do movimento "Rui Moreira: Aqui Há Porto", PSD e PS, o voto contra da CDU e a abstenção do BE.