Cultura

Arco de Vandoma sai do arquivo e dá "cumbersa" sobre vernáculo tripeiro

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Um dos patrimónios mais característicos dos portuenses - o vernáculo tripeiro - é tema de conversa para a sessão do ciclo "O documento do mês" que se realiza nesta quinta-feira, a partir das 15,30 horas, na Casa do Infante.

O mote para a sessão, orientada pela técnica municipal Carla Cruz, é o desenho "O Arco de Vandoma no séc. XIX", da autoria de Artur Guimarães e datado de 1966, o que transporta desde logo para os primórdios da urbe, dado que o Arco de Vandoma ou Porta de Vandoma era a principal das quatro portas da muralha original da cidade e constituía a entrada/saída Nascente. Demolido em 1855, o arco devia o seu nome à padroeira da cidade (Nossa Senhora de Vandoma), que ali teve instalada uma imagem alegadamente trazida por cavaleiros franceses da zona de Vandome que vieram ajudar na luta contra os mouros. A imagem foi então transferida para o interior da Sé do Porto, onde se encontra.

Este é, assim, mais um dos documentos caracterizadores da memória coletiva portuense que saem mensalmente das estantes do Arquivo Histórico Municipal do Porto para aproximar a cidade da sua História. Dando o mote para a conversa sobre o vernáculo portuense, ajuda - além disso - a recordar que, ao contrário do que por vezes se julga, o vernáculo não é sinónimo de palavrões, mas antes de palavras e linguajar típico de uma região, pelo que a troca dos "bês" pelos "vês", o acrescento de vogais como em "Puârto", palavras derivadas da História ou tradições locais e outras curiosidades do "falar à Porto" são isso mesmo: características do vernáculo portuense.

As sessões "O documento do mês" realizam-se sempre na terceira quinta-feira do mês e são de acesso gratuito, mas de marcação prévia através do telefone 222 060 423 ou do e-mail casadoinfante@cm-porto.pt.