“Apagão” solidário com a Ucrânia no Porto e no mundo

Numa altura em que as luzes enchem de cor o coração da cidade, com a árvore gigante como ponto central de uma época de paz e família, o Porto não esquece a guerra que os ucranianos travam contra a invasão russa e, esta quarta-feira, num simbólico gesto de solidariedade, aderiu à campanha #LightUpUkraine, desligando as luzes do edifício dos Paços do Concelho e da Árvore de Natal na Praça General Humberto Delgado.

O apelo havia sido lançado pelo presidente da Ucrânia para que instituições e cidadãos ficassem às escuras em solidariedade com o povo ucraniano, que tem vindo a ser afetado por cortes no fornecimento de eletricidade devido a ataques com recurso a drones.

"Precisamos do vosso apoio. Por todos os médicos forçados a operar no escuro. Por todos os pais e mães que fazem o possível para dar às suas famílias o que precisam, mesmo no escuro. Por todos os ucranianos que acreditam na liberdade, apesar da escuridão", frisou o Volodymyr Zelensky.

Além do Porto, a solidariedade fez-se de escuridão em vários locais icónico em todo o mundo: nos edifícios da Comissão Europeia, em Bruxelas e do Parlamento Europeu, em Estrasburgo , na Câmara de Paris, no Coliseu, em Roma, ou na Opera House, em Sydney.

Mas também, simbolicamente, na Ponte da Liberdade, em Budapeste, ou no Museu da Guerra, em Ottawa, no Canadá. Nos Estados Unidos, o "apagão" desligou as luzes caraterísticas da tradicional Árvore de Natal no Rockefeller Center ou mesmo das Cataratas do Niágara.

A campanha #LightUpUkraine pretendeu, também, arrecadar, pelo menos, dez milhões de dólares (cerca de 9,4 milhões de euros) para a compra de mil geradores elétricos que irão garantir o funcionamento de vários hospitais no país.