Educação

Alunos do Cerco expõem arte e natureza na Casa de São Roque

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“A arte é bonita e às vezes difícil de compreender”. Esta e outras ideias são partilhadas por alguns dos mais de 500 alunos do Agrupamento de Escolas do Cerco que participaram na iniciativa “Descobrir com a arte e natureza. Labirinto de ideias”. Do 1.º ao 4.º ano, os trabalhos que resultaram das atividades proporcionadas, nos últimos três meses, pela Casa de São Roque estiveram em exposição no espaço do Cubo Branco.

Os desenhos e as colagens estão dispostos, propositadamente, para dar a ideia de labirinto. Nas folhas que enchiam as paredes do Cubo Branco da Casa de São Roque estava materializado o que os olhos das crianças viram nas visitas que fizeram ao espaço.

Estão lá as exposições “Footnote 14: Angel of History” e “Inventória”, mas também toda a arquitetura da casa de família dos Ramos Pinto. E, claro, o jardim de inverno e o famoso labirinto do Parque de São Roque. É o resultado das atividades desenvolvidas em contexto museológico e em ambiente escolar.

Para Rita Ferreira, monitora do projeto, “foi muito gratificante ver que todo o trabalho desenvolvido nos últimos meses resultou nesta exposição”. “Foi interessante ver o cruzamento da arte com a educação e começar a promover, nesta faixa etária mais nova, a cultura artística. Mostrar que a arte é importante e está em todo o lado. Devemos começar a cultivar e motivar isso desde novos. Todos os dias podem evoluir a nível cultural, criativo, social”, partilha a estudante de arte visuais da Escola Superior de Educação (ESE).

O Programa Educativo da Casa de São Roque contou com a colaboração da ESE e da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e esteve de portas abertas a pais e familiares durante o fim de semana. “É bom ver os alunos a virem com os pais e eles próprios lhes fazerem a visita guiada”, sublinha Rita Ferreira, “com isso percebemos que eles aprenderam algumas coisas e que gostaram da experiência e querem passar os seus conhecimentos”.

No mesmo sentido, a coordenadora e curadora da Casa de São Roque, Monique Bernardine, afirma que o objetivo do projeto foi “quebrar o gelo” que existe, “a dificuldade dos mais novos em ver a arte, um ambiente antigo, que ainda conserva muita materialidade dos donos”. “Fazê-los entender mais sobre essa leitura do espaço que hoje abriga um centro de arte contemporânea” e ver “uma receção muito interessante por parte das crianças”, foi o concretizar da ideia inicial.

Para o presidente da Casa de São Roque é “uma grande satisfação” olhar para o resultado de “um trabalho tão importante, e que foi criado de raiz para envolver todos os jovens do Agrupamento do Cerco”. “Foi extremamente motivador vê-los aqui com a família e perceber o impacto que esta iniciativa que estimula para a criatividade e para o futuro pode ter tanto nos jovens como nas suas famílias”, afirma Pedro Álvares Ribeiro.