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Alojamento turístico no Porto regista mais de 1,5 milhões de dormidas nos quatro primeiros meses do ano

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Filipa Brito

Entre janeiro e abril de 2023, o setor do alojamento turístico registou 1.569.543 dormidas no Município do Porto, um aumento de 48% face ao período homólogo de 2022, mas também de 31% face ao ano de 2019. Os dados são do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O número de dormidas na cidade cresceu em toda a linha nos primeiros quatro meses de 2023, registando em cada um deles valores superiores às dormidas mensais assinaladas nos anos 2022 e 2019. Entre janeiro e abril, as dormidas no Porto tiveram um peso de 46,7% no total de toda a Região Norte (1.569.543 face às 3.358.509 em toda a região) e o número de hóspedes na cidade totalizou 41,1% face aos da região (746.489 dos 1.818.327 hóspedes contabilizados a Norte).

“Perante os novos desafios do crescimento do volume de turistas, a prioridade está na execução das medidas preconizadas na Visão para a Sustentabilidade do Destino: diversificar para crescer e determinar segmentos e o perfil de quem nos visita”, refere a vereadora do Turismo e Internacionalização.

“A resposta passa, também, por descentralizar os fluxos turísticos, uma medida já em curso. Apostar na qualificação, ao nível dos recursos humanos, na certificação da oferta turística, com destaque para o alojamento e os circuitos turísticos, são outras das áreas que estão a ser trabalhadas”, acrescenta Catarina Santos Cunha.

Face aos dados divulgados pelo INE, a vereadora não tem dúvidas de que “só um turismo mais sustentável permite disponibilizar uma oferta mais atrativa e, deste modo, aumentar o tempo de permanência e consolidar a procura do destino Porto”. “Importa que as pessoas conheçam tanto a identidade dos bairros, a sua autenticidade, como uma cidade mais cosmopolita, assegurando, sempre, uma relação de equilíbrio entre quem nos visite e quem cá vive”, defende.

O efeito da Páscoa

Os dados preliminares do INE para abril mostram que o Município do Porto registou mais de 537 mil dormidas (7,9% do total nacional), mais 34,5% face a abril de 2019 (+27,9% nos residentes e +35,8% nos não residentes), fazendo-se sentir o efeito da Páscoa, que confirmou a cidade como um destino bastante procurado pelo mercado interno e externo.

Em janeiro de 2023, as dormidas no Porto tinham sido mais de 284 mil, com os registos a aumentarem em cada um dos meses seguintes, até abril, sendo que em todos eles registaram-se mais dormidas do que nos anos de 2022 ou 2019. No conjunto dos primeiros quatro meses de 2023, face a igual período de 2019, o Porto registou um aumento nas dormidas na ordem dos 31,4% (+18,2% nos residentes e +34,8% nos não residentes).

Segundo os dados divulgados pelo INE, neste período de quatro meses o mercado interno contribuiu com mais de 291 mil dormidas (18,5%), enquanto os não residentes registaram mais de 1,278 milhões das dormidas (81,5%) na cidade. Um dado que sobressai nos meses em análise foi o aumento ligeiro da estada média de 2,06 noites, para 2,10 noites, comparativamente com o período homólogo, o que aponta para um prolongamento dos períodos de permanência no destino.

Já em relação ao rendimento médio por quarto disponível (RevPar), os dados demonstram, claramente, que houve um aumento significativo deste indicador na região Norte no conjunto dos primeiros quatro meses de 2023, para uma média de 36,8€ (+35% do que em 2022 e + 21,85% do que em 2019). Também os proveitos totais nos estabelecimentos de alojamento turístico dispararam no primeiro quadrimestre de 2023 na região Norte, contabilizando mais de 211 milhões de euros (+44,14% face a 2022 e +46,20% comparativamente a 2019), um crescimento que comprova um maior dinamismo económico do setor, que poderá indiciar uma maior atratividade do destino e qualificação da oferta, bem como capacidade de atrair turistas com maior poder de compra.

A nível nacional, o setor do alojamento turístico registou, no conjunto dos primeiros quatro meses de 2023, 8,4 milhões de hóspedes (+31,3%) e 20,9 milhões de dormidas (+29,9%). Já comparando com o mesmo período de 2019, as dormidas aumentaram 14,7% (+18,6% nos residentes e +13,0% nos não residentes).

Analisando os primeiros quatro meses deste ano com o período homólogo, verificou-se um aumento de 30,0% das dormidas totais (+16,7% nos residentes e +37,1% nos não residentes), a que corresponderam aumentos de 46,8% nos proveitos totais e de 48,4% nos relativos a aposento.