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Ações de sensibilização pela cidade assinalam o Dia Mundial da Sida

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Filipa Brito

Promovido pela Organização Mundial de Saúde desde 1988, o Dia Mundial da Sida (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) assinala-se a 1 de dezembro e no Porto há várias iniciativas de sensibilização sobre o assunto.

No âmbito da estratégia “Porto, Cidade sem Sida”, que a Câmara do Porto coordena desde 2019, e em estreita colaboração com os parceiros locais, a data irá ser assinalada através de atividades diversificadas.

Apelando a que todos os cidadãos se envolvam ativamente no combater às desigualdades, à desinformação e ao estigma, serão colocadas faixas alusivas à efeméride, expostas até ao final da semana, na fachada de três edifícios icónicos da cidade: Reitoria da Universidade do Porto, sede da Administração Regional de Saúde do Norte e Biblioteca Pública Municipal do Porto.

Durante todo o dia de quinta-feira, 1 de dezembro, está a passar na rede Metro do Porto um vídeo informativo sobre o Dia Mundial da Sida. O mesmo conteúdo será divulgado pelos parceiros da estratégia “Porto, Cidade sem Sida”: Universidade do Porto, ARS Norte, entre outros.

Entre as 11 e as 18 horas desta quinta-feira, a unidade móvel do Centro de Aconselhamento e Deteção Precoce do VIH/Sida do Porto estará na Rua da Trindade para promover atividades de aconselhamento e testagem.

O Dia Mundial da Sida tem como principais objetivos apoiar todos os envolvidos na luta contra o vírus da imunodeficiência humana (VIH) e combater o preconceito, a desinformação e o estigma que ainda perduram em volta desta doença.

Este ano, sob o lema “Equidade Já”, o convite é para que todos coloquem em prática ações efetivas necessárias para combater as desigualdades, contribuindo, assim, para acabar com a Sida enquanto ameaça de saúde pública ao nível global.

Em Portugal estima-se que cerca de 41 mil pessoas vivam com VIH – uma infeção que, se identificada e tratada a tempo, não chegará a evoluir para Sida. O diagnóstico precoce é essencial para o bom prognóstico, individual e comunitário, possibilitando o acesso a tratamento adequado e, por conseguinte, a obtenção de carga viral indetetável na infeção pelo VIH, reduzindo-se assim, e de forma muito acentuada, a transmissibilidade.

No nosso país, a percentagem de diagnósticos é superior a 90% (ou seja, mais de 90% das pessoas que vivem com VIH sabem que estão infetadas). No entanto, os dados mais recentes (lançados no dia 29 de novembro) apontam para uma elevada proporção de diagnósticos tardios, tendo este valor sido de 55,4% em 2020-2021.