Urbanismo

Academia de Urbanismo do Reino Unido elogia trabalho do Porto na habitação, coesão social e cultura

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A eleição do Porto como Cidade Europeia do Ano justifica-se pelo "papel ativo que o Município do Porto tem desempenhado junto da população, designadamente no apoio social aos mais carenciados (...) e no desenvolvimento de projetos-piloto de habitação", salienta a Academia de Urbanismo do Reino Unido, após a cerimónia "The Urbanism Awards 2020", que decorreu ontem em Londres.

"Inclusão" era o tema deste ano dos conceituados prémios europeus do Urbanismo, promovidos pela não menos conceituada "Academy of Urbanism" do Reino Unido. O júri estava, portanto, com a "mira apontada" para um conjunto de cidades europeias que, a este nível, têm conseguido conciliar a diversidade do tecido social com "políticas de urbanismo capazes de unir as pessoas".

Na lista ao mais cobiçado galardão estavam outras duas fortes candidatas que, tal como o Porto, haviam sido selecionadas por indicação externa: Sheffield (Inglaterra) e Utrecht (Holanda). Mas a Invicta acabaria por ser mesmo a cidade eleita, arrecadando mais votos entre os membros da Academia, da Grã-Bretanha à Irlanda.

O porta-voz dos jurados, Philip Jackson, explica porquê: "O Município do Porto tem desempenhado um papel ativo nos bairros sociais e com as diferentes comunidades, incluindo o apoio social às pessoas em situação mais vulnerável e o apoio à habitação, através de diferentes programas de intervenção. Atualmente, tem diversos projetos-piloto de habitação social e a preços acessíveis em curso, com vários modelos testados, incluindo parcerias público-privadas, investimento municipal direto, entre outras ações que devem ser vistas os primeiros passos de um programa a longo prazo, comprometido com a qualidade urbanística da cidade". Além disso, o júri destaca "as ações culturais" do Município, dirigidas a diferentes franjas da população, "incluindo programas artísticos para as pessoas idosas, que combatem o isolamento e a solidão".

A hospitalidade, o cosmopolitismo e a "longa tradição de inovação" foram igualmente fatores que pesaram na decisão da Academia de Urbanismo do Reino Unido, que destaca ainda o "caráter único, a identidade e o rico património cultural" da cidade, como vantagem competitiva.
"Com o apoio de um Município proativo e progressista, o Porto está a criar, com sucesso, uma cidade equilibrada, sustentável e ligada ao futuro. Uma cidade atrativa para se viver, trabalhar e desfrutar", continuam. 

E, como reforça o presidente da Academia, David Rudlin, na nota informativa emitida após a cerimónia de consagração, que contou com a presença do vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, "o Porto realmente chamou a atenção do júri, por causa da maneira como se tem transformado desde a década de 1990. Hoje é uma cidade cosmopolita incrivelmente acolhedora, que atrai pessoas de todo o mundo, tendo por base uma economia altamente inovadora".

O título de "Cidade Europeia do Ano", do qual o Porto é agora detentor, foi atribuído, nas últimas edições, às cidades de Leipzig (Alemanha), Bilbao (Espanha) e Copenhaga (Dinamarca).