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Abertas candidaturas ao Prémio João de Almada para recuperação do património na cidade

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Está aberto até 28 de abril um novo período de apresentação de candidaturas à 17.ª edição do Prémio João de Almada para reabilitação (2016/2017), na sequência das alterações introduzidas no regulamento e que vieram reforçar o valor pecuniário a conceder e as possibilidades de concorrer. As propostas que já tinham sido apresentadas continuam em apreço para esta nova edição, não carecendo de ser ressubmetidas.

Aquelas alterações foram suscitadas pelo facto de a edição de 2016 deste prémio bienal ter registado um inusitado volume de candidaturas de qualidade, como reflexo do impulso de desenvolvimento que se vive na cidade e da dinâmica de reabilitação em curso.

Acresce que, entre essas candidaturas, se encontravam muitos processos cuja comparação para efeitos de concurso se tornava, a um tempo, injusta e impraticável por se tratar de obras completamente diversas, como a reabilitação de construções habitacionais e a de monumentos de grande envergadura.

Perante a nova situação, o júri do Prémio decidiu interromper o trabalho de apreciação e propor à Câmara algumas alterações ao regulamento, as quais foram aprovadas em dezembro último e vieram introduzir parâmetros de avaliação mais depurados, bem como melhores condições para os diversos tipos de candidatura e, ainda, prémios de valor mais alto.

Instituído pela Câmara do Porto, o Prémio João de Almada para recuperação do património arquitetónico da cidade passa, assim, a contemplar duas categorias - Edifícios Residenciais; e Edifícios não Residenciais - que se referem ao destino do edifício após as obras de recuperação.

Por outro lado, vê também subir o valor pecuniário, que passa dos anteriores 8.000 euros para um total de 20.000 euros, ou seja, 10.000 euros para cada categoria. Deste valor, 3.000 euros caberão ao proprietário e 7.000 euros ao arquiteto responsável pelo projeto de recuperação, podendo o júri decidir atribuir prémios ex aequo, além de menções honrosas sem valor pecuniário, ou optar pela não atribuição.

As candidaturas já apresentadas para o período anteriormente previsto mantêm-se em vigor, não necessitando de qualquer confirmação ou repetição de processo.

Entretanto, novas candidaturas podem ser apresentadas até ao próximo dia 28, desde que respeitando as condições regulamentares que prevêem uma reabilitação já concluída.

Criado em 1988, o Prémio João de Almada visa incentivar e promover a recuperação do património arquitetónico da cidade, através da atribuição bienal aos melhores exemplos de reabilitação concluídos durante o período de dois anos a que cada edição se refere.

Tendo havido edições sem atribuição do prémio, ou mesmo sem candidaturas concorrentes, a quantidade e a qualidade dos projetos apresentados no ano passado e as consequentes condições agora introduzidas pelo júri fazem com que o Prémio entre numa nova fase e acompanhe o fenómeno de evolução recente da cidade.

O acesso ao regulamento em vigor, já com as novidades introduzidas, pode ser acedido aqui.