Sociedade

A primeira "app" que previne o cancro

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i3S

É a primeira
aplicação portuguesa desenvolvida para prevenir o cancro. Dá pelo nome de
Happy, adapta-se ao perfil e ao contexto do utilizador e vai enviando mensagens
que recomendam comportamentos saudáveis. Assim, não estranhe se estiver na
praia e a Happy lhe enviar uma mensagem a recomendar que ponha mais protetor
solar ou que coma uma peça de fruta. A aplicação foi desenvolvida por Nuno
Ribeiro, investigador da Unidade de Comunicação do Instituto de Investigação e
Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) e estudante do Doutoramento em
Multimédia e Educação da Universidade de Aveiro (UA), e é parte integrante de
um projeto financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian.


"Health
Awareness and Prevention Personalized for You", em português "prevenção
personalizada para si", é o nome completo desta ferramenta que dá razão ao
acrónimo. Na Happy o utilizador encontrará o seu HappyScore, um valor que
ilustra em tempo real o nível de prevenção de cancro individual, desafios
saudáveis e a possibilidade de se ligar aos seus amigos para partilha de
resultados.


Como explica
Nuno Ribeiro, "o telemóvel é um dispositivo que nos acompanha todo o dia e
temos tendência a confiar nele, a depender dele. Esta aplicação vive dentro do
telemóvel e envia a mensagem certa, no momento certo". As recomendações
disponibilizadas pela aplicação baseiam-se em vários fatores como a informação
que o utilizador dá sobre os seus comportamentos e a localização geoespacial do
telemóvel. Nuno Ribeiro explica que, por exemplo, "se a pessoa estiver na praia
durante o dia irá receber mensagens para se proteger do sol; se estiver no
supermercado, a Happy vai sugerir-lhe comprar frutas e vegetais frescos".


A aplicação foi desenvolvida no
âmbito do trabalho de doutoramento (pelos departamentos de Comunicação e Arte
(DeCA) e Educação e Psicologia) de Nuno Ribeiro, sob a orientação de Ana
Margarida Almeida, docente do DeCA/Digimedia da UA, e Filipe Santos Silva,
coordenador da equipa da Unidade de Comunicação do i3S responsável pelo
desenvolvimento da Happy. No âmbito desse trabalho a aplicação foi testada por
32 voluntários durante um mês, tendo-se revelado eficaz. Por isso, irá ser
lançada agora para utilização mais generalizada.


Filipe Santos Silva diz que uma das
prioridades da Unidade de Comunicação do i3S, sendo um instituto de
investigação na área da saúde, é promover uma educação para a saúde que
contribua para a mudança de comportamentos na sociedade portuguesa. "A
aplicação Happy", aponta Filipe Santos Silva, "é uma das vertentes de um
programa inovador de educação para a saúde focado nos jovens e nas novas
tecnologias".


Esta nova aplicação tem como público-alvo
prioritário pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos. Segundo
a equipa, "esta é uma primeira aplicação, mas contamos vir a produzir mais, bem
como alargar o espetro de ação recorrendo a tecnologias que estejam próximas
dos utilizadores".


A Happy está disponível nas lojas de
aplicações da Apple e da Google e é gratuita. Pode saber mais sobre a aplicação
em www.happy-app.eu.


 


Fonte: Portal de Notícias da U.Porto