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À pergunta "Que tipo de cidade queremos?", o Porto responde: sustentável, coesa e inclusiva

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O presidente da Câmara participou, esta sexta-feira, nas Baden-Baden Entrepreneur Talks (BBUG, na sigla em alemão), instituição considerada, na Alemanha, uma das mais importantes no desenvolvimento de carreiras. Convidado a responder à questão "Que tipo de cidade queremos?", Rui Moreira mostrou como o Município vem trabalhando para uma cidade sustentável, coesa e inclusiva.

"O Porto está a ser alvo de um amplo e profundo processo de transformação urbana, que é motivado não só pelo investimento imobiliário e turístico, mas também, e sobretudo, por políticas e projetos municipais nas áreas do urbanismo, da habitação, do património, da mobilidade, do ambiente e da cultura", afirmou o presidente da Câmara.

Em matéria de sustentabilidade, Rui Moreira sublinhou a necessidade de "políticas mais ambiciosas, inovadoras, disruptivas, que reduzam as emissões de gases com efeito estufa, que adaptem a malha urbana às alterações climáticas, que incentivem as práticas sustentáveis e que promovam a gestão circular dos recursos".

Nesse sentido, referiu, o Município do Porto "desenvolveu uma estratégia multidisciplinar e colaborativa", plasmada no Pacto do Porto para o Clima, que confirma a ambição de "ser a cidade líder da ação climática a nível nacional".

Rui Moreira referiu a "aposta continuada na sustentabilidade e na descarbonização, particularmente em áreas críticas como a energia, a mobilidade, a rede de água, os resíduos e as zonas verdes".

"As cidades devem aproveitar o seu enorme potencial como produtores de energia limpa, deixando de ser meras consumidoras energéticas", defende o autarca, não deixando de referir outras apostas do Município, como a eletrificação de veículos, a monitorização da rede pública de abastecimento de água que vem evitando perdas, a expansão das áreas verdes ou a "a política de transportes [que] promove uma mobilidade inteligente, integrada, intermodal, inclusiva e sustentável na cidade".

As cidades devem aproveitar o seu enorme potencial como produtores de energia limpa, deixando de ser meras consumidoras energéticas"

"Todo este trabalho em favor da sustentabilidade levou a que a Comissão Europeia incluísse o Porto nas 100 “Cidades Inteligentes e com Impacto Neutro no Clima” da Europa", lembrou Rui Moreira.

Sustentabilidade com políticas de habitação e ação social

Rui Moreira fez, ainda, menção aos esforços do Município para responder à crise de habitação, nomeadamente através da "densificação da ocupação do solo e da massificação do tecido construído em zonas específicas da cidade".

Com o objetivo de "tornar o Porto uma cidade mais coesa", o presidente refere que "a cidade que estamos a construir (…) deve funcionar numa lógica de proximidade e complementaridade, ganhando não só eficiência mas também uma escala mais humana", através da descentralização de comércio e serviços e com "ruas multifuncionais".

Por último, Rui Moreira sublinhou como "a sustentabilidade urbana não é atingível sem políticas assertivas de coesão social", dando exemplo de programas como o Porto Solidário ou o Porto com Sentido, assim como do atenção ao parque habitacional municipal.

A sustentabilidade urbana não é atingível sem políticas assertivas de coesão social"

Além disso, acrescentou, em matéria de ação social "temos uma rede de parceiros com os quais trabalhamos de forma estreita e sinérgica na construção de uma cidade mais solidária, mais inclusiva e mais coesa".

Segundo dados da própria BBUG, desde 1955 já foram promovidas quase 500 conferências e a rede de alumni constituída por mais de três mil altos executivos. Sendo uma associação sem fins lucrativos, é apoiada por cerca de 120 organizações de áreas como a indústria, o comércio, os transportes, a economia digital, os meios de comunicação, a banca e os seguros.