Cultura

À descoberta do Labirinto

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O Labirinto
da Prelada esteve em foco, no âmbito do ciclo de debates "Um Objeto e Seus
Discursos por Semana", na sessão deste sábado.


Como
convidados estiveram presentes duas personalidades de relevo das áreas da
arquitetura paisagista e da ciência, Aurora Carapinha e Alexandre Quintanilha,
para além da participação de João Silva. Os visitantes da sessão, que decorreu
na Casa da Prelada, foram levados ao tempo dos jardins de Nicolau Nasoni e ao
intemporal labirinto do cérebro humano. Os labirintos foram pretexto ornamental
em jardins de grandes vilas, como a Villa Pisani em Stra ou o Hampton Court,
perto de Londres. Nos séculos XVII e XVIII tinham um carácter lúdico, evocando
o labirinto cretense.


Situada na
freguesia de Ramalde, junto ao Carvalhido, na rota dos Caminhos de Santiago, a
Quinta da Prelada elege-se como um dos espaços mais notáveis do Porto. É um vasto
conjunto arquitetónico e paisagístico, concebido pelo arquiteto italiano
Nicolau Nasoni, que integra uma casa senhorial com jardins, dependências e
terrenos agrícolas, e um núcleo formado por castelo, lago, fontes e mata. Entre
1743 e 1748 foi construída uma nova casa para a família Noronha de Menezes. O
jardim, subordinado a um eixo central, com mais de 400 metros de extensão,
integrava fontes, lagos, tanques, bancos pintados de fresco, labirinto de buxo,
latadas, esculturas de iconografia mitológica, entre outros elementos.