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900 anos do foral que deu a autonomia ao Porto assinalados com exibição nos Paços do Concelho

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Quando, em 1123, o bispo D. Hugo deu ao Porto a sua primeira carta de foral, ficou reconhecida a autonomia do burgo portuense e o papel determinante na fundação do país. Um testemunho com 900 anos celebrado, agora, pela Câmara do Porto, com uma exibição nos Paços do Concelho. O mais antigo documento do Arquivo Municipal é apresentado nos dias 27 e 28 de outubro, entre as 9 e as 17 horas (com exceção no dia 27, entre as 11h30 e as 13h30, em que estará encerrado). A entrada é livre.

O foral, anterior à fundação de Portugal, em 1143, representa quer a emancipação da cidade pela aquisição de direitos, privilégios e deveres, quer o protagonismo político-administrativo do Porto.

O traslado da carta, um pergaminho, da chancelaria de D. Dinis, escrito em letra gótica, que revela a forma das relações dos moradores da cidade entre si e destes com a Sé portucalense, constitui-se como uma fonte para múltiplas leituras sobre a identidade do território portuense.

A par do Foral do Porto, o Município exibe, também, o Foral Manuelino, que data de 1517. Integrado na reforma administrativa, jurídica e legislativa desenvolvida pelo rei D. Manuel I, o documento, como testemunho da relação da monarquia com o concelho, estabelece as relações entre as duas instituições a nível económico, fiscal e jurisdicional.

A celebração dos 900 anos da primeira carta de foral outorgada ao Porto inclui, ainda, o lançamento, por parte dos CTT, de um selo comemorativo da data e um colóquio evocativo, no dia 28, a partir das 10 horas, na Casa do Infante, sob o tema "O Porto Medieval: do burgo do bispo à cidade dos mercadores".