5.º Festival In Spiritum convida a descobrir a cidade através da música
Notícia
Espaços como o Salão Árabe do Palácio da Bolsa, o Museu Romântico da Quinta da Macieirinha, a Casa do Infante ou a Igreja de São João Novo, carregados de história e estórias, prometem criar um ambiente envolvente com o público, harmonizando música da época romana, medieval, renascentista, barroca e neoclássica.
Em mais uma edição do Festival In Spiritum volta a garantir-se uma programação diversificada, com a missão de proporcionar ao público "a descoberta da cidade através da música", diz Cesário Costa, diretor artístico do festival, citado pela Lusa. Acrescenta ainda que esse propósito tem como foco a valorização do Centro Histórico, onde decorrem a maior parte dos concertos.
Cada exibição pretende ser "um momento único e irrepetível", sendo que os músicos, provenientes de diversas geografias, vão certamente contribuir para esse resultado final.
Assim, o programa do In Spiritum inicia com um concerto de Iman Kandoussi, "especialista em canto árabe andalus e oriental". É no Salão Árabe do Palácio da Bolsa que, às 21,30 horas, a cantora marroquina "vai dar a conhecer as 'nubas' e melodias da Argélia, Marrocos e Tunísia", acompanhada de três músicos e instrumentos como o alaúde e o rabel, informa o maestro Cesário Costa.
A agenda prossegue, no dia 17 de maio, às 21,30 horas, com um concerto do pianista português Raúl da Costa, intitulado "1928: história de uma visita ao Porto Ravel - Luiz da Costa", palco será o Teatro Helena Sá e Costa.
No dia seguinte, o Festival In Spiritum transfere-se para o Museu Romântico da Quinta da Macieirinha, onde, pelas 18 horas, o pianista David Santos e o barítono André Baleiro vão promover um recital que "vai recordar o ambiente de um salão musical do século XIX".
Ainda a 18 de maio, outra sessão está marcada para a Casa do Infante, às 21,30 horas. O protagonista é o músico português Ricardo Leitão Pedro, que vai interpretar os "tesouros do cancioneiro e acompanhar com a viola de mão" os temas da corte na primeira metade do século XVI.
Numa edição que, pela primeira vez, terá como cenário o Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, em Matosinhos, propõe-se também a sonoridade da harpa de Carolina Coimbra, num concerto agendado para as 12 horas do dia 19. "Ao longo da história da música, a água foi uma fonte de inspiração para diferentes compositores, a harpa com a sua sonoridade limpa e cristalina é o instrumento que mais nos aproxima da sonoridade das fontes e das águas de um rio", aponta o diretor artístico do festival.
O último concerto do In Spiritum decorre na Igreja de São João Novo, pelas 18 horas do dia 19 de maio. "A talha dourada e os azulejos de Bartolomeu Antunes datados de 1741 vão servir de inspiração" à interpretação de "Stabat Mater", do compositor italiano Giovanni Battista Pergolesi, pela Orquestra Bomtempo, pela soprano Carolina Figueiredo e por Patrycja Gabriel, sob direção de Cesário Costa.
O Festival In Spiritum, criado em 2014 por Raquel Gomes e Alfredo da Costa, resulta de uma coprodução entre a ACIS - Associação Cultural In Spiritum e a Câmara do Porto.
Mais informações e aquisição de bilhetes no site do festival.