Habitação

14 famílias do Bairro dos Moinhos já foram realojadas

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No seguimento de mais um episódio de inundações, que afetou particularmente o Bairro dos Moinhos, nas Fontainhas, o presidente da Câmara do Porto volta a afirmar a intenção do Município em adquirir as habitações para ali criar bacias de retenção. No final da reunião de Executivo desta segunda-feira, Rui Moreira adiantou que já foram realojadas 14 famílias em casas da Domus Social.

Dos restantes quatro agregados, um diz respeito a um casal que, pela idade avançada, tem dificuldade em deslocar-se à empresa municipal para avançar com a documentação, pelo que os técnicos do Município farão essa deslocação.

O vereador da Habitação, Pedro Baganha, confirma que a Câmara do Porto ainda se encontra em conversações com os outros três agregados para proceder, igualmente, ao seu realojamento. À comunicação social, o presidente da autarquia assegurou que, "mesmo as famílias que não queiram vão ter que sair dali".

Com o processo de negociação da compra dos terrenos em curso, Rui Moreira confirma que, entretanto, "as casas existentes vão ser destelhadas para não serem ocupadas". Caso não se efetive a compra das habitações, o Município irá avançar para a expropriação.

O que não vai acontecer é voltar a haver habitação na zona do Bairro dos Moinhos, garante o presidente da Câmara, sublinhando a falta de condições. "O que pretendemos é naturalizar aquilo e criar algumas bacias de retenção que permitam reduzir o impacto da água" em situações de chuva forte. "Ali não pode viver ninguém", reforça Rui Moreira.

Pelo Partido Socialista, Tiago Barbosa Ribeiro compreende que "o realojamento que é feito, por questões de segurança e de salubridade, é algo que respeitamos". O vereador entende que, "na medida das possibilidades de edificação naquele espaço, os moradores devem viver onde sempre viveram, caso a Câmara consiga levar a bom porto estas negociações".

A vereadora da CDU assume que "não há outra solução se não agir". Ainda que reconheça que "alguns moradores tenham péssimas condições de habitabilidade", Ilda Figueiredo acredita que "outros não são diretamente afetados" e, por isso, "a câmara tem que fazer um verdadeiro processo de negociação, distinguindo situações".

Também de acordo com a retirada das pessoas do Bairro dos Moinhos, "sob pena de voltarmos a assistir àquilo repetidamente, com consequências piores", o vereador do Bloco de Esquerda, Sérgio Aires, afirma a importância de, "em situações de catástrofes, a Domus ter casas disponíveis", ainda que apele a uma entrega ainda mais célere das habitações.