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Investigadores do i3S estão a desenvolver novo método de proteção contra a transmissão do VIH na população feminina

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Miguel Nogueira

Cientistas do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S) estão a desenvolver um novo método para proteger a população feminina contra a transmissão do VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana), no contexto do projeto ARNanoFilm.

Este método, "simples e prático", compreende uma película transparente, suave e flexível, designada filme, que as mulheres podem introduzir no interior da vagina, sem necessidade de nenhum tipo de aplicador, antes do ato sexual, de forma a prevenir a infeção pelo vírus.

Esta tecnologia encontra-se em fase de testes em células e animais e incorpora nanopartículas antirretrovirais que são moléculas capazes de bloquear o ciclo de vida do VIH.

Segundo os investigadores, a utilização deste método de proteção pode ser utilizado com ou sem conhecimento por parte do parceiro, e confere à mulher "um total controlo no que diz respeito à sua proteção".

A necessidade de desenvolver novas estratégias de prevenção da transmissão sexual do VIH na população feminina encontra justificação no facto das mulheres serem consideradas mais vulneráveis e expostas a situações de desigualdade de género.

O projeto do i3S tem sido apoiado pelo RESOLVE em colaboração com a Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário (CESPU) e com a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.

Para além do RESOLVE, os vários projetos associados ao desenvolvimento dos filmes têm recebido o apoio financeiro da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e do Programa Gilead GÉNESE.