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Investigadores da U.Porto batizam serpente com o nome do vocalista dos Metallica

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Luis Ceriaco

Investigadores da U.Porto descreveram uma nova espécie de serpente venenosa, identificada na Guiné Equatorial, que batizaram com o nome de Atheris hetfieldi, em homenagem ao vocalista dos Metallica, James Hetfield, com o objetivo de chamar a atenção para a importância do estudo e caracterização da biodiversidade. 

Este réptil, incluído no género Atheris, reconhecida como víbora arborícola, foi descrito na Guiné Equatorial por uma equipa de investigadores liderada pela Universidade do Porto, nomeadamente Luís Ceríaco, Curador-Chefe do Museu de História Natural e da Ciência da U.Porto (MHNC-UP), Mariana Marques, colaboradora externa do MHNC-UP e estudante de doutoramento do CIBIO-InBIO, e Aaron Bauer, professor da universidade americana Villanova University.

Estas serpentes são venenosas e habitam nas regiões tropicais do continente africano, especialmente em áreas florestais densas. Todas as espécies deste género de serpente apresentam a mesma morfologia peculiar: uma cabeça triangular, com enormes olhos posicionados lateralmente e escamas espinhosas, o que as torna visualmente semelhantes à imagem representativa de um dragão.

Esta morfologia e o facto de a música da banda de heavy Metal, os Metallica, acompanhar o dia-a-dia de trabalho dos investigadores na Guiné Equatorial, levaram o grupo a batizar a serpente de "Atheris hetfield".

O principal objetivo de escolher nomes de celebridades e este em particular deve-se ao facto de consciencializar o público para a importância extrema da biodiversidade, uma vez que "estamos a perder biodiversidade a um ritmo alucinante e assustador, e muitas espécies podem extinguir-se mesmo antes de sabermos que existiram", como explica Luís Ceríaco ao site da UP.