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Rivoli comemorou 85 anos

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José Caldeira

O Rivoli comemorou 85 anos. Uma existência nem sempre fácil mas que hoje abraça a cidade e por ela é abraçada. Nas comemorações, Rui Moreira revelou qual foi, para si, o espetáculo mais importante: "foi aquele que ocorreu ali à porta, quando os portuenses disseram que não queriam um Rivoli como barriga de aluguer".

O presidente da Câmara disse-o por diversas vezes durante o sábado em que se assinalaram os 85 anos da mítica sala portuense. À tarde, no discurso perante o Ministro da Cultura, aquando da inauguração da exposição "Monumentalidade dos arquivos do Rivoli", de Nuno Coelho; à noite, na abertura do espetáculo "Brother", do coreógrafo portuense Marco da Silva Ferreira, perante o Secretário de Estado da Cultura, Miguel Honrado, e disse-o à nossa reportagem.

Questionado sobre qual foi o espetáculo no Rivoli mais importante para si, Rui Moreira afirmou que "foi quando os portuenses se uniram e disseram que não queriam que o teatro Rivoli deixasse de ter programação própria."

O autarca referiu ainda que esse foi também um momento "absolutamente fundacional de uma futura intenção de candidatura à presidência da Câmara do Porto." e lembrou Isabel Alves Costa, que "pensou no Rivoli como a génese de uma cidade muito virada para a cultura".

Luís Filipe Castro Mendes, Ministro da Cultura, sublinhou que "é uma história que acaba bem e que continua (?) porque há projetos em curso, há uma direção artística empenhada e há um apoio quer municipal quer do Estado, que certamente não faltará ao Teatro Rivoli (?) mas sobretudo o apoio da comunidade, dos cidadãos que continuará a ser importante."

Para Tiago Guedes, diretor artístico do teatro municipal, o balanço dos últimos dois anos é muito positivo, realçando que "foi uma forte bandeira cultural de Rui Moreira" e que se observa "uma grande dinâmica todas as semanas para todas as idades e este aniversário é prova disso."

A história do Rivoli foi sendo contada ontem, durante quinze horas, através de uma programação non-stop a que o público pode assistir gratuitamente e onde pode descobrir novas criações de artistas da cidade.

Espetáculos de dança, música, uma exposição e duas instalações foram preparados para o público que pode deambular livremente pelo Rivoli, percorrendo nove espaços integrados nas diferentes áreas de programação para esta temporada de janeiro a julho de 2017.

A dança esteve presente durante todo o dia com projetos de Elisabeth Lambeck e Joclécio Azevedo, acompanhados pela Orquestra da Faculdade de Engenharia do Porto. O coreógrafo Marco da Silva Ferreira apresentou o seu novo espetáculo no Grande Auditório, Nuno Preto, no teatro, traz um novo trabalho para toda a família e a literatura tem o seu espaço através das palavras de Marta Bernardes e Valter Hugo Mãe.

À entrada dos dois auditórios, havia ainda duas instalações de som e de luz de Joana Castro e Emanuel de Sousa.