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Danças noturnas concluem trilogia de Christian Rizzo

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Marc Coudrais

A programação do Teatro Municipal do Porto é retomada a 15 de setembro com "Le Syndrome Ian", a última parte da trilogia que Christian Rizzo construiu em torno de várias tipologias de dança.

Em "D'Après Une Histoire Vrai", que foi apresentado no Rivoli em setembro de 2015, Rizzo abordava o circuito das danças comunitárias, onde o grupo era o leitmotiv da ação; em "Ad Noctum", explorou a dança a pares, a simbiose entre dois corpos, com um par de bailarinos em palco.

Agora, o diretor do Centre Chorégraphique National de Montpellier está de volta ao Rivoli com "Le Syndrome Ian", que faz a conclusão desta trilogia e coloca o foco nas chamadas "danças noturnas".

Explorando os fundamentos dessa dança que, todas as noites, se vive nas pistas dos clubes noturnos de todo o mundo, Christian Rizzo toma como ponto de partida o ano de 1979, quando Inglaterra é tomada pelo sons intrigantes de uma banda de Manchester que colocaria, para sempre, a cidade no mapa: Joy Division e, especialmente, o seu vocalista Ian Curtis.

Uma melodia escura, porém poética, ajustada ao ritmo dos corpos toma as pistas de dança de então. A voz assombrosa de Curtis ecoa nos clubes de diversão, numa combinação entre o movimento pós-punk e os ritmos de dança mais frenéticos.

Um país, uma sociedade, uma figura de proa da música mundial e uma história pessoal que cose todos estes ingredientes: "Le Syndrome Ian" junta em palco nove bailarinos que, sob tempos diferentes, vibram freneticamente do início ao fim, numa contaminação que apenas as pistas de dança conseguem testemunhar diariamente.

Christian Rizzo nasceu em 1965, em Cannes, França. Deu os primeiros passos como artista em Toulouse, onde formou uma banda rock e criou uma linha de roupa, antes de começar a estudar Artes Visuais em Nice. Em 1996, criou "L'Association Fragile" e apresentou performances e espetáculos de dança, ao mesmo tempo que dava a conhecer os novos projetos comissariados na área da moda e artes visuais.

De 2007 a 2012, foi o artista em residência na Ópera de Lille.

Christian Rizzo é hoje um dos nomes mais importantes das artes performativas francesas, sendo mesmo Oficial das Artes e das Letras, uma comenda entregue pelo governo francês. É o atual diretor do Centre Corégraphique National de Montpellier Languedoc-Rouillon.

Ficha técnica

Coreografia, cenografia, figurinos e objetos de iluminação: Christian Rizzo

Interpretação: Miguel Garcia Llorens, Pep Garrigues, Kerem Gelebek, Julie Guibert, Hanna Hedman, Filipe Lourenço, Maya Masse, Antoine Roux-Briffaud, Vania Vaneau

Desenho de luz: Caty Olive

Criação musical: Pénélope Michel e Nicolas Devos (Cercueil / Puce Moment)

Assistência artística: Sophie Laly

Conceção de figurinos: Laurence Alquier

Direção técnica: Thierry Cabrera

Régie: Marc Coudrais

Direção de cena: Jean-Christophe Minart

Produção: ICI ? Centre Chorégraphique National Montpellier - Occitanie / Pyrénées-Méditerranée / Direção Christian Rizzo

Coprodução: Opéra de Lille, Festival Montpellier Danse 2016, Théâtre de la Ville - Paris, National Taichung Theater (Taiwan), Biennale de la Danse de Lyon 2016, Centre de Développement Chorégraphique Toulouse / Midi-Pyrénées, Le Lieu Unique - Nantes, TU - Nantes, La Bâtie - Festival de Genève (Suíça)

Duração aprox.: 55 min.

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