Economia

Emprego e volume de negócios nas startups do Porto foi maior nos últimos anos e superior à AMP

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Porto.

Um estudo lançado pelo ScaleUp Porto conclui que entre 2016 e 2018 a cidade do Porto assistiu a uma fase de forte crescimento do volume de negócios e emprego médio das startups, a um ritmo duas vezes superior ao verificado entre 2013 e 2015. O crescimento médio anual das empresas do ecossistema empreendedor do Porto atingiu mesmo os 26,2%, ao passo que as empresas similares da Área Metropolitana do Porto (AMP) não foram além dos 7,7%.  

Após a apresentação do estudo Re:think | Re:build | Re:load - Uma caracterização do ecossistema de empreendedorismo da Região do Porto, o lançamento deste suplemento coloca uma lupa no processo scaleup, termo aplicado às startups que atingem um grau de crescimento de 20% ou superior ao ano, seja em receita ou número de funcionários, e por três anos consecutivos.

Entre as principais conclusões, verifica-se que o período entre 2016 e 2018 foi próspero para o crescimento destas empresas do Porto, tendo aumentado significativamente o número daquelas que atingiram o estatuto de scaleup, com redução da idade média necessária para alcançar esse patamar.

Se analisado o volume de negócios, o crescimento médio anual foi bastante superior ao da economia: entre 2016 e 2018 atingiu os 26,2%, o triplo do observado entre 2013 e 2015, na ordem dos 8,6%. A consistência do ecossistema empreendedor evidencia-se também no volume de negócios transacionado por empresas com mais de oito anos de idade, que chega a ser seis vezes superior, se comparado com empresas entre os quatro e os sete anos de vida.

Na evolução da taxa de emprego os números são igualmente animadores e confirmam a tendência de um ritmo de crescimento mais acentuado no período de 2016 a 2018. Nas startups ligadas ao setor da saúde e dos dispositivos médicos, o nível do emprego subiu dos 14% para os 27%. Já as empresas de tecnologias limpas (cleantech) e da indústria 4.0 cresceram para o dobro, dos 5% para os 10%. A estabilização aconteceu nas startups de serviços ao cliente e web, que mantiveram a taxa de emprego nos 35%. O salto mais expressivo veio das startups ICT (novas tecnologias de informação e comunicação), que pularam dos 6 para os 20%.

No processo de transição de startup para scaleup, o "Porto Scaleup Report 2012-2018", além de confirmar o aumento do número de scaleups na cidade do Porto e a redução da idade para atingir esse patamar, conclui que esse incremento foi acompanhado de uma maior dispersão na performance das empresas no seu primeiro ano enquanto scaleup.

Por fim, a inevitável comparação ao ecossistema em redor. Em contraste com o período de 2013 a 2015, os anos de 2016 a 2018 representaram um período de forte diferenciação no crescimento das startups do Porto e da Área Metropolitana do Porto, com as primeiras a crescerem 20% acima das empresas similares da região. Em resultado, em 2018, a startup média do ecossistema do Porto apresentava um volume de negócios quase cinco vezes superior ao da empresa média similiar da AMP.

O mais recente relatório parte da informação recolhida na fase de caracterização para empresas ativas no ecossistema, em dois momentos distintos. A análise recua ao ano de 2012, em contraposição com o estudo anterior (2015-2018), por forma a compreender a evolução de dinâmica entre os períodos de 2013-2015 e 2016-2018.

Sobre o ScaleUp Porto

O ScaleUp Porto. é uma estratégia municipal que compromete a cidade do Porto na promoção do ecossistema de empreendedorismo e inovação. Tendo em vista o apoio ao crescimento de startups (o designado processo "scaleup"), visa a criação de um ecossistema sustentável que aumente a competitividade económica da região, crie emprego e melhore a qualidade de vida dos cidadãos.