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As adaptações de um laboratório de Anatomia Patológica na era da Covid-19: a experiência de um laboratório num Hospital Central do Porto

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Trabalho sobre as adaptações de um laboratório de Anatomia Patológica na era do novo coronavírus foi publicado na revista Annals of Diagnostic Pathology, com o objetivo de divulgar à comunidade científica a prática de um laboratório de Anatomia Patológica num Hospital Central do Porto, com o intuito de abrir o debate para melhorar os protocolos de biosegurança. 

Quando se verificou a chegada do novo coronavírus a Portugal, os laboratórios de Anatomia Patológica sentiram a necessidade de encontrar orientações precisas sobre como lidar com produtos biológicos contaminados ou potencialmente contaminados com o Sars-CoV-2.

As recomendações internacionais e nacionais, contudo, são genéricas e mais direcionadas aos laboratórios de biologia molecular, mas todas partilham a necessidade da desativação precoce do vírus, geralmente por métodos químicos, pelo que "não encontramos orientações que respondessem às questões concretas na atividade habitual de um laboratório de Anatomia Patológica", afirma José Ramón Vizcaíno, Diretor de Serviço de Anatomia Patológica do Hospital de Santo António, no Porto.

"Fizemos uma identificação dos riscos de contágio do vírus dentro do nosso Serviço de Anatomia Patológica e tomamos medidas com o intuito de evitar que o nosso laboratório se tornasse um foco de infeção e disseminação dentro do hospital com repercussões graves para os doentes e profissionais, utilizando os recursos disponíveis e desenhando protocolos baseados no conhecimento atual sobre a transmissibilidade e as fragilidades do vírus Sars-Cov-2. Até a data foram efetivas."