Sociedade

Visitas culturais aos cemitérios

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O turismo
cemiterial ganha cada vez mais adeptos. No Porto, a Câmara Municipal desenvolve
um ciclo cultural que vai continuar em julho.


O X Ciclo
Cultural dos Cemitérios do Porto continua no próximo dia 18 de julho, com a
visita extraordinária ao Cemitério Britânico, conduzida pelo historiador de
arte Francisco Queiroz. As inscrições já estão esgotadas. Mas o ciclo prossegue
em setembro, com duas sessões, conduzidas pela especialista em história da
fotografia, Maria do Carmo Serén, evocativas dos 100 anos da morte de Emil Biel
(1838-1915), negociante, editor e fotógrafo alemão, considerado um dos
precursores da fotografia em Portugal.


A última
sessão foi dedicada à "Música no Prado do Repouso", guiada pela historiadora de
música Ana Maria Liberal, com a atuação da soprano Sara Carneiro, do
violoncelista António Oliveira, da flautista Daniela Marques e da harpista
Mariana Maia.


Durante a
sessão foi visitado o jazigo de família de Hernâni Torres (1881-1939), pianista
e compositor, e junto ao qual foi interpretado por António Oliveira o "Nocturno
para violoncelo", de H. Torre. Prosseguiu com passagem pelo túmulo de António
Pereira Baquet, alfaiate e proprietário do tristemente famoso Teatro Baquet, de
Francisco Eduardo da Costa (1819-1855) pianista, organista e compositor, onde
Sara Carneiro e Mariana Maia interpretaram "Laudamus", da Missa da Ordem de S.
Francisco (arranjo para canto e harpa) de F. E. da Costa.


 


Junto ao
túmulo de Hippolyte Medina Ribas (1823-1883) flautista e compositor, Daniela
Marques interpretou "Capriccio" para flauta solo, de José Maria Ribas. Seguiu-se
o túmulo do ator Afonso dos Reis Taveira, onde se encontra inumado o violoncelista,
compositor e empresário Domingos Ciríaco Cardoso (1846-1900), junto ao qual
António Oliveira, interpretou "Ella", valsa para piano (arranjo para violoncelo
solo) de C. Cardoso.


A sessão
incluiu uma visita ao jazigo da família de José Francisco Arroyo (1818-1886),
clarinetista, compositor, chefe-de-orquestra e empresário, onde Daniela
Marques, interpretou Estudo n.º 1 para flauta solo, de J. F. Arroyo. Terminou,
no cemitério privativo da Ordem do Terço, junto ao túmulo do cantor lírico,
Silvestre de Aguiar Bizarro (1820-1882), onde Sara Carneiro e Mariana Maia,
interpretaram Ária da ópera I Capuletti e i Montechi de Bellini.