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Universidade do Porto desenvolve projeto para combater o processo inflamatório provocado pela COVID-19

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Filipa Brito

A Faculdade de Medicina da Universidade do Porto está a desenvolver um projeto com intuito de avaliar e comparar o estado inflamatório e a resolução da inflamação em doentes infetados pelo novo coronavírus. Investigação conta com a colaboração do Centro Hospitalar Universitário de São João e com a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.

Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto estão a desenvolver um projeto que procura avaliar e comparar o estado inflamatório e encontrar uma solução para essa mesma inflamação provocada em doentes infetados pela COVID-19, bem como identificar novas formas terapêuticas.

Assim sendo, neste projeto, os investigadores da FMUP vão tentar perceber o motivo pelo qual estes doentes desenvolvem uma inflamação tão agressiva e o porquê de esta não se resolver pelo próprio organismo.

Este trabalho vai permitir ainda identificar novos alvos terapêuticos e reconhecer os tratamentos mais eficazes para combater a desregulação inflamatória e a falência multiorgânica, uma vez que estas podem contribuir para o desenvolvimento da síndrome de dificuldade respiratória aguda, a falência de vários órgãos e até mesmo levar à morte, nos casos mais graves da doença.

O projeto intitulado "Unresolved inflammation and endothelitis in severe Covid-19 patients: identification of risk stratification biomarkers and therapeutic targets" vai contar ainda com a colaboração do Centro Hospitalar Universitário de São João, da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e ainda do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

A investigação coordenada por António Albino Teixeira, investigador e professor catedrático da FMUP, é financiada pela linha "RESEARCH 4 COVID-19", da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, que vai permitir à Faculdade de Medicina do Porto a possibilidade de conseguir melhorar a estratificação de grupos de risco nos doentes e permitir um diagnóstico precoce dos indivíduos que possam ser mais vulneráveis.

Com um financiamento de 40 mil euros, este é um dos 55 projetos selecionados na segunda edição da linha de apoio à investigação e desenvolvimento da FCT, Fundação para a Ciência e a Tecnologia, uma iniciativa criada com o objetivo de melhorar a resposta do Serviço Nacional de Saúde no combate à pandemia.