Economia

Um "pequeno milagre" da equipa de Rui Moreira faz a candidatura robusta à Agência do Medicamento

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Miguel Nogueira

Em "quatro ou cinco dias", o Porto colocou a sua proposta na mesa da Comissão Nacional de Candidatura que avaliou qual a cidade portuguesa melhor posicionada para se propor a receber a Agência Europeia do Medicamento. Foi, nas palavras de Eurico Castro Alves, "um pequeno milagre da equipa de Rui Moreira" na Câmara.


O representante do Porto naquela Comissão Nacional falava ao
início da tarde ao lado de Rui Moreira, em conferência de imprensa sobre a decisão do Governo em escolher o Porto como proposta de sede da candidatura
nacional à relocalização da Agência Europeia. O antigo administrador da EMA foi
perentório: "Cumprimos na íntegra todos os requisitos", documental e
tecnicamente, graças a "um excelente grupo de trabalho que fez tudo o que era
necessário".


Eurico Castro Alves reforçou assim as declarações de Rui
Moreira, que sublinhou antes o facto de o Porto ter todo um trabalho preparado,
via InvestPorto - em resposta a outros projetos de investimento que cada vez
mais procuram a cidade -, que permitiu avançar em tempo recorde com "uma
candidatura forte".


Questionados pelos jornalistas sobre os espaços pensados
para alojar a EMA, ambos os responsáveis afirmaram haver um bom leque de
escolhas, ainda que seja prematuro nomeá-los. Há "diversos edifícios e terrenos"
para cumprir os requisitos de uma candidatura como esta, "um critério essencial".
Para que não hajam dúvidas, esta é uma questão "plenamente resolvida na
candidatura do Porto", disse Eurico Castro Alves.


Aliás, o membro da Comissão Nacional não tem dúvidas: "Encontramos
no Porto solução para todas as necessidades e pedidos que venham a ser feitos".
Estando "todos os requisitos" reunidos, a cidade "tem uma grande possibilidade
de conseguir" ficar com a Agência.


Uma das questões levantadas na conferência de imprensa prendeu-se
com a criação de postos de trabalho, num organismo que exige profissionais de excelência.
Não é um problema, conforme demonstrou Eurico Castro Alves. O Porto "tem duas
faculdades de Farmácia" já a trabalhar em pós-graduações e com pessoas dotadas
das melhores competências. Portanto, "na questão dos recursos humanos estamos
resolvidos".


Realçou, por último, que a candidatura do Porto e de
Portugal "tem mais forças do que fragilidades". Uma delas prende-se com o facto
de no país estarem já sediadas duas agências europeias. Sem desvalorizar o
óbvio, o responsável respondeu que, "para compensar, temos uma candidatura
robusta".