Política

Última reunião do Executivo do Porto marcada por uma certeza: valeu a pena

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Foram quatro anos de intervenção e defesa pública da cidade, legitimada pelos eleitores. Hoje de manhã realizou-se a 92.ª reunião pública do Executivo municipal desde o início do atual mandato, em 2013. Foi a última antes das eleições autárquicas de 1 de outubro. Numa sessão decorrida com normalidade, em que como sempre se tomaram decisões importantes para o Porto, no período antes da ordem do dia houve tempo para a edilidade fazer um balanço. Das várias intervenções, ficou um registo comum: valeu a pena.

Vereadores das várias forças políticas com assento na Câmara liderada pelo independente Rui Moreira expressaram o "respeito" e a "honra" de terem desempenhado funções no atual órgão executivo autárquico.

Pedro Carvalho, vereador da CDU, classificou o percurso autárquico como "uma experiência gratificante", mostrando-se surpreendido pela capacidade da vereação em "melhorar a qualidade de vida das pessoas significativamente".

Manuel Correia Fernandes, vereador do PS, destacou a importância que a dissonância também tem na vida autárquica, "sobretudo quando é legítima, leal e tem em vista fundamentalmente o bem comum". 

"Pode haver lugares importantes no país, mas o de vereador da Câmara do Porto, para mim, é o mais importante" - declarou Rui Loza. O vice-presidente e vereador do Urbanismo, do movimento de Rui Moreira, aproveitou para lembrar Manuel Sampaio Pimentel e Paulo Cunha e Silva, vereadores precocemente desaparecidos.

Por sua vez, Justino Santos, do PS, manifestou já "saudades" do exercício autárquico. Citando Aristóteles, o vereador lembrou que "ser político é ser um agente de felicidade; procurar a felicidade para as pessoas".

Amorim Pereira, eleito pelo PSD, destacou o desempenho deste elenco autárquico, frisando que se agiu "de acordo com o interesse das populações". Houve, disse, um "desenterrar de muitos projetos quer tiveram no papel durante anos e foram colocados em marcha". Frisou ainda que "este presidente tratou todos os vereadores com consideração". 

Já Andreia Júnior, também em representação do PSD, considerou que "institucionalmente, nem sempre houve o respeito mútuo que se calhar era necessário", salvaguardando que "não por culpa do senhor presidente ou do Executivo".

Por último, Rui Moreira realçou o "papel construtivo" de todos os representantes políticos em assuntos fundamentais e a "relação saudável" que se criou, sublinhando que "não foi pela função da oposição que mais não se fez".