Educação

U.Porto vai cooperar com autarquias do Interior na criação de emprego e retenção de talento

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Desenvolver projetos de investigação e aceder a um banco de currículos de diplomados da Universidade do Porto são duas das medidas previstas num protocolo de empregabilidade assinado ontem entre a instituição portuense e mais de 50 autarquias.

Os protocolos assinados "preveem que sejam desenvolvidos projetos de investigação e inovação em conjunto com as empresas dos municípios parceiros", disse o reitor da U.Porto, Sebastião Feyo de Azevedo, considerando que a medida vai contribuir para a transferência de conhecimento para as empresas com efeitos possíveis ao nível do potencial humano, competitividade, emprego e internacionalização dessas empresas.

Para além da realização de projetos de investigação e inovação conjuntos, o protocolo prevê que as câmaras e as empresas desses municípios tenham acesso a "um banco de currículos de diplomados da universidade com ofertas de competências nas mais diversas áreas de interesse para as autarquias", explicou o reitor, citado pela agência Lusa, observando que esse acesso seria sempre feito "dentro das regras apertadas da proteção de dados".

O objetivo é que as empresas dos municípios parceiros possam identificar "os perfis profissionais de que necessitam para que a universidade possa recomendar estudantes e graduados às competências desejadas", sendo que em certos casos até se pode promover o regresso de jovens qualificados às suas terras.

"A colaboração com as autarquias do interior pode, de facto, favorecer essa empregabilidade dos estudantes da universidade e em paralelo promover a sua fixação nas respetivas terras natais. Estamos assim a fazer um esforço para contribuir para a retenção de talento em concelhos menos povoados e consequentemente para o equilíbrio territorial do país", observou, referindo que a "relação sinérgica" é fundamental para a competitividade das empresas e consequentemente para a sua capacitação na criação de emprego, em particular de emprego qualificado.

A presidente da Câmara Municipal de Castanheira de Pera, Alda Correia de Carvalho, falando em nome dos mais de 50 municípios de Norte a Sul de Portugal que validaram o protocolo, realçou que é urgente tomar medidas para travar a desertificação da sua região e de outras do interior de Portugal. Nesse sentido, o protocolo agora estabelecido "é o primeiro de muitos passos que queremos dar na senda de colmatar algumas assimetrias existentes entre interior e litoral.