Turismo

Turistas deixam cada vez mais dinheiro no Porto

  • Notícia

    Notícia

#mno_vista_varanda_seminario_maior.jpg

Estudo "European cities hotel forecast", da consultora PwC, mostra que o preço por quarto está a aumentar, ao mesmo tempo que os turistas deixam cada vez mais dinheiro no Porto.

Depois da eleição como "Melhor Destino Europeu 2017", a cidade do Porto volta a estar em destaque, sendo, agora, apontada como a que mais vai crescer no que diz respeito a receitas hoteleiras em 2017 e 2018. Este dado - que integra o estudo "European cities hotel forecast", divulgado pela consultora PwC - atesta a importância crescente que o Porto vem conquistando.

Para Filipe Guimarães, diretor executivo da Associação de Turismo do Porto e Norte (ATP), "estes dados vêm confirmar o crescimento da região e que o Porto é hoje uma cidade que ganhou um lugar de destaque na Europa enquanto destino turístico". O responsável pela ATP revelou que "este claro crescimento vem certificar o potencial de um destino que ainda tem várias oportunidades para explorar, sempre de uma forma equilibrada e sustentada".

Porto com um crescimento de 15% em 2017.

Refira-se que os resultados do estudo - que antecipa as receitas dos hotéis de 17 grandes cidades europeias - revelam que o Porto deverá ser aquela com um maior crescimento de rentabilidade em 2017 e 2018. O indicador que o comprova é o RevPAR, ou seja, o rendimento por quarto disponível, uma medida de comparação de rentabilidade entre hotéis. Para este ano, o Porto lidera com um crescimento de 15%. A PwC estima, ainda, que, em 2018, o Porto atinja um crescimento de 12,8%, sendo mesmo a única cidade europeia a crescer a dois dígitos nesse ano.

Além do Porto, a cidade de Lisboa surge também nesta tabela, com uma expectativa de subida do RevPAR de 5,6% este ano e de 6,8 por cento em 2018.

Existem, ainda, outros indicadores no estudo que merecem destaque, nomeadamente as cidades mais caras do mundo em termos de alojamento hoteleiro. Entre as 17 analisadas, Dublin destaca-se no campo da ocupação média, uma vez que a escassez de oferta leva a que tenha a mais alta ocupação nos próximos dois anos (83%). Lisboa deverá manter a nona posição, com uma ocupação que subirá de 74 para 76%, enquanto o Porto poderá ganhar duas posições, ultrapassando Viena e Lisboa. Já no que se refere ao custo médio por noite, a liderança pertence a Genebra, seguida por Zurique, Paris, Londres e Roma. No que toca à rentabilidade, medida pela receita por quarto disponível, os resultados são semelhantes: Genebra, Zurique, Paris e Londres, seguida por Dublin.

Os turistas que visitaram o Porto e Norte de Portugal estão, por outro lado, a gastar cada vez mais nas suas visitas, que são, também, cada vez mais longas. Em média, segundo um estudo anunciado pela Entidade Regional de Turismo em 2016, os turistas já gastam cerca de seis noites no destino Porto e Norte e gastam cerca de 745 euros, mais 13 euros do que no ano anterior.

De acordo com o "Perfil dos Turistas do Porto e Norte de Portugal" relativo ao inverno IATA 2015/2016, desenvolvido pelo Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT) em parceria com o Turismo do Porto e Norte de Portugal e o Aeroporto do Porto - "quase metade" dos turistas que visitaram o Porto e Norte viajaram sozinhos, ficando 34% alojados em hotéis por uma média de 6,4 noites.

Se o consumo médio global na visita foi de 745 euros, tendo em conta a estada média e o número médio de elementos por viagem (1,7 pessoas), o consumo médio por pessoa foi de 451 euros e o consumo médio por noite foi de 123 euros.