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Transferência em Abril obras em Maio no Bolhão

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A Câmara do Porto já recebeu o último visto do Tribunal de Contas necessário ao arranque das obras no Mercado do Bolhão. Depois daquele tribunal ter validado a empreitada de mais de 22 milhões de euros, que terá a duração de 24 meses, chegou esta semana o visto que permite a gestão da obra por parte da empresa municipal GO Porto.

Este era o último passo necessário à concretização do programa de restauro e modernização do Mercado do Bolhão, depois de construído um mercado temporário, a cerca de 200 metros do centenário edifício que entrará em obras.

Segundo o calendário agora estabelecido pelo Município, os comerciantes serão transferidos para o novo espaço no Centro Comercial La Vie até ao final de abril, havendo condições para que a obra se inicie em maio.

Esta transferência será acompanhada de uma forte campanha de comunicação e marketing que ajudará a referenciar a nova localização, onde os comerciantes disporão de modernas instalações para continuarem a sua atividade. A maioria deles acordou com a Câmara do Porto a sua continuidade e poucos decidiram terminar a sua atividade e receber da autarquia uma indeminização.

O projeto de restauro e modernização prevê o regresso dos comerciantes ao antigo edifício dentro de dois anos, permanecendo como mercado público de frescos, mantendo todas as suas características e tradição.

Há cerca de 40 anos que o Porto pedia obras no mercado que foi conhecendo diversos projetos de intervenção, nem sempre bem aceites por comerciantes e pela opinião pública. Até que, em 2015, Rui Moreira apresentou o seu projeto de restauro do edifício, criando o Gabinete do Mercado do Bolhão, que fez não apenas um extenso estudo socioeconómico junto dos comerciantes e famílias como desenvolveu um trabalho diário que culminou com uma grande adesão ao projeto.

As mais recentes decisões sobre o mercado foram apreciadas na Assembleia Municipal e votadas por unanimidade e com elogios da oposição. As obras que a cidade pensava nunca ocorrerem vão, finalmente, ter lugar.

A concretização do projeto, sobre o qual existem candidaturas a fundos comunitários, está garantida por fundos próprios da autarquia, graças às contas à moda do Porto de Rui Moreira nos últimos quatro anos, que lhe permitem ter saldo de gerência necessário para avançar com independência para a empreitada.