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Tragédia do Teatro Baquet é lembrada em concerto no Cemitério de Agramonte

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Há 130 anos, um incêndio destruía o Teatro Baquet, na Baixa do Porto, matando cerca de 120 pessoas. Lembrando a tragédia, realiza-se no sábado, 2 de junho, um concerto comentado no Cemitério de Agramonte. A iniciativa integra o XIII Ciclo Cultural dos Cemitérios do Porto. 

Com início pelas 17,30 horas, o concerto conta com a pianista Olga Amaro e a soprano Marina Pacheco. Ana Maria Liberal contextualizará o momento, com comentários que revisitam o drama e o seu tempo.

A participação na iniciativa obedece a inscrição, que deverá ser realizada aqui.

Mandado construir pelo alfaiate portuense António Pereira Baquet, o Teatro Baquet tinha frente para as ruas de Santo António e de Sá da Bandeira. Inaugurado no Carnaval de 1859, constituiu uma sala de espetáculos emblemática da cidade, reconhecido pela oferta vasta e acessível a todas as camadas sociais.

António Pereira Baquet morreria cerca de 10 anos depois, mas o seu projeto continuou vivo. No entanto, na noite de 20 para 21 de março de 1888, quando se representava uma ópera cómica e a sala se encontrava com lotação esgotada, deflagrou um violento incêndio nos bastidores. O fogo destruiu o teatro por completo, perecendo na tragédia cerca de 120 pessoas.

Em memória das vítimas do incêndio construiu-se, no Cemitério de Agramonte, o mausoléu a visitar no próximo sábado. Trata-se de uma gigantesca arca com materiais pertencentes ao próprio edifício do Teatro Baquet, pedaços de ferro torcidos pelo fogo e uma enorme coroa de martírios também em ferro, simbolizando a morte das vítimas.