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Souto de Moura distinguido com Leão de Ouro na Bienal de Arquitetura de Veneza

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Miguel Nogueira

O arquiteto portuense Eduardo Souto de Moura foi distinguido com um Leão de Ouro na 16.ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, inaugurada hoje e na qual Portugal participa através da exposição "Public Without Rethoric".

"É mais uma [distinção]. Estou contente pela arquitetura portuguesa, que cada vez é mais reconhecida nos sítios que exigem mais qualidade", afirmou Souto de Moura em declarações à agência Lusa.

Considerando que "o pavilhão de Portugal era dos melhores, com um conjunto de arquitetos que não é fácil encontrar", Souto de Moura encara esta nova distinção como "o reconhecimento do valor e do nível da arquitetura portuguesa".

"Isto tudo vem de uma tradição do Siza, do Távora e de outros arquitetos", apontou também, salientando que atualmente "a arquitetura portuguesa é muito bem vista" e tem "uma qualidade superior à da maior parte dos países europeus". Mas sublinhou: "E já não é de agora. Estamos fartos de ganhar prémios, o que para mim é uma vaidade. Ficamos orgulhosos".

Souto de Moura foi um dos 100 arquitetos convidados pelas curadoras da Bienal de Veneza, Yvonne Farrell e Shelley McNamara, do Grafton Architects, para a exposição principal, espaço expositivo além dos pavilhões nacionais, tendo sido distinguido pelo projeto do complexo turístico alentejano de São Lourenço do Barrocal.

A Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, patente ao público até 25 de novembro, recebe 65 participações nacionais, divididas entre os pavilhões históricos do Giardini, do Arsenale e do centro histórico de Veneza. Doze edifícios públicos criados por arquitetos portugueses de várias gerações nos últimos 10 anos e filmes de quatro artistas constituem a representação de Portugal.