Mobilidade

Sinistralidade na Foz diminuiu 12%

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Rui Moreira fez, esta manhã, um balanço da política de
mobilidade da autarquia no
âmbito da Semana Europeia da Mobilidade. O autarca destacou a redução em 12%
sinistralidade da zona da Foz,
onde foram implementadas várias alterações de trânsito em 35 arruamentos.


O presidente da Câmara do Porto, acompanhado pela vereadora
da Mobilidade, Cristina Pimentel, falava no âmbito da inauguração no parque de
estacionamento da Trindade de um sistema de codificação denominado ColorADD, que
permite a utilizadores daltónicos entenderem a comunicação por cores naquele
espaço.


Em fevereiro deste ano, a Câmara do Porto operou alterações
importantes na zona da Foz
, com mudanças de sentidos e alteração de percursos.
Os primeiros resultado mostram que é já possível perceber uma diminuição da
sinistralidade em 12% na área de intervenção, o aumento da velocidade comercial
do transporte público e a redução da velocidade dos ligeiros, fator que era
considerado crítico para a melhoria da segurança naquela zona.


"Quando se fazem alterações de trânsito há sempre um aumento
da sinistralidade, por simpatia, devido ao hábito [dos condutores]. Esta
diminuição de 12% na Foz mostra que havia razão para intervir naquela zona, que
havia ali um problema que precisava mesmo de ser resolvido", frisou Rui
Moreira, em declarações aos jornalistas.


A Rua Costa Cabral, onde a velocidade do transporte público
era anormalmente baixa e onde se registava um número alarmante de acidentes foi
também alvo de alterações. Embora a monitorização, neste caso, não permita
ainda a produção de relatórios com elevada margem de leitura, uma vez que as
mudanças aconteceram apenas em abril deste ano, há já dados que indicam a
inversão da tendência, com a velocidade comercial da STCP a crescer fortemente
e o número de acidentes a diminuir de forma evidente, bem como os números de
estacionamento abusivo.


Em cerca de ano e meio foram tomadas outras medidas como a
autorização de circulação de motociclos e ciclomotores em faixas BUS, num
projeto pioneiro em Portugal com excelentes resultados e que, após um período
piloto em apenas algumas zonas, está agora a ser alargado a toda a cidade.


A responsável pela mobilidade esclareceu que estar em curso a
"segunda fase" do processo, que consiste na abertura de 50% dos corredores aos
ciclomotores "por mais seis meses". Cristina Pimentel adiantou, ainda, que a
perspetiva é ter "a cidade toda coberta" até ao final de 2016.


Também a visibilidade de passadeiras e restante sinalização
tem vindo a ser melhorada, atuando-se, sobretudo, em zonas onde os acidentes
são mais frequentes. Neste momento a cidade do Porto possui já 16 passadeiras
equipadas com sinalização LED e está prevista a instalação ainda este ano de
mais 16. Esta aplicação está a ser feita mediante a análise de atropelamentos e
outros dados de sinistralidade na cidade, graças ao novo sistema de
georreferenciação dos acidentes que permite, agora, que a PSP comunique com
maior detalhe a localização dos acidentes à autarquia.


A monotorização da sinistralidade é, aliás, fundamental para
a gestão do tráfego na cidade. Para isso, a Câmara do Porto investiu num Centro
de Gestão Integrada
, totalmente digital, num projeto transversal aos pelouros
da inovação, mobilidade e proteção civil, que permite uma monitorização da via
pública permanente e aumenta a capacidade de intervenção das autoridades.


A instalação de iluminação melhorada e mais eficaz é outro
dos processos em curso. A Câmara do Porto tem vindo a instalar iluminação LED
nas luminárias da cidade, tendo desenvolvido programas específicos para os
túneis.


Recorde-se que a primeira grande alteração do mandato do executivo
liderado por Rui Moreira foi no Jardim do Carregal, em junho de 2014, com o
desvio do transporte público por um corredor alternativo, até então apenas
utilizado por ambulâncias, no acesso ao Hospital de Santo António. Neste caso,
os resultados são ainda mais evidentes, com o tempo de percurso dos autocarros
da STCP a diminuírem em 30% e com a circulação de ligeiros a melhorar, com uma
diminuição drástica dos tempos de percurso e consequentes ganhos em matéria
ambiental.