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Rui Moreira, Salvador Malheiro e Eurico Castro Alves reuniram para avaliar ações do poder local no relançamento da economia

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Rui Moreira reuniu hoje com o autarca de Ovar, Salvador Malheiro, e com Eurico Castro Alves, diretor no Hospital de Santo António e ex-secretário de Estado. As medidas adotadas pelas duas autarquias no período mais crítico da pandemia e aquelas que têm sido agora tomadas no sentido de relançar a atividade económica, e que só podem ser acompanhadas se houver um plano de prevenção, sustentado na partilha rigorosa do número de novos casos, foram o prato forte do almoço a três, que decorreu na Casa do Roseiral, a convite do presidente da Câmara do Porto.

Rui Moreira e Salvador Malheiro, autarcas que se destacaram no panorama nacional pela adoção de medidas contundentes no combate à disseminação do vírus, puderam analisar o impacto das suas decisões, com a calma que a situação nas duas cidades agora permite.

Na agenda da reunião, à qual se juntou Eurico Castro Alves, profundo conhecedor do Sistema Nacional de Saúde (SNS), mais do que olhar ao que foi feito, abordou-se o que é necessário fazer daqui para a frente. Por certo, a atitude proativa que tiveram num passado recente, pode agora servir para que, com o mesmo pragmatismo, os autarcas enfrentem, nas respetivas cidades, a crise económica decorrente da crise sanitária e definam medidas capazes de relançar a economia. Um equilíbrio difícil, que requer uma constante vigilância, tornando-se fundamental para uma correta leitura dos acontecimentos que o poder local esteja municiado dos dados exatos relativos ao número de novos casos de infeção sinalizados pelas autoridades de saúde.

No Porto, Rui Moreira foi pioneiro na adoção de medidas preventivas severas, no início de março. Ainda quando mal se falava no problema de focos de contágio em lares e residências seniores, lançou um programa de rastreio a todos os idosos institucionalizados na cidade, estendido aos funcionários. Noutra linha, o Município apoiou a criação do primeiro centro de rastreio móvel, disponibilizando o Queimódromo para esse fim. Pouco tempo depois, ergueu um Hospital de Campanha, no Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota, para onde os hospitais da cidade poderiam enviar os doentes menos graves, libertando as camas do São João e do Santo António para os infetados que inspirassem mais cuidados. Neste âmbito, contou, entre outras figuras, com o apoio do médico Eurico Castro Alves, presidente da Convenção Nacional da Saúde.

Esta e outras medidas, como o alargamento dos rastreios às pessoas em situação de sem-abrigo e às instituições de acolhimento de cidadãos portadores de deficiência, que o Município do Porto encabeçou, tiveram em cidades como Ovar um reflexo semelhante.

Salvador Malheiro, que teve de estabelecer uma cerca sanitária ao concelho a que preside, foi bem-sucedido, conseguindo conter o alastrar da infeção. A medida foi dura, mas por que articulada com o tecido económico local, alguns dos impactos foram controlados. De igual modo, à escala das necessidades das unidades hospitalares de Ovar, o autarca criou um hospital de campanha.