Política

Candidatura independente

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Num artigo de opinião publicado hoje no jornal Correio da Manhã, Rui Moreira repete o que tinha dito quinta-feira na sua primeira entrevista ao Porto Canal como presidente da Câmara e assinala que o anúncio da sua recandidatura apanhou desprevenidos os diretórios dos partidos. "Nunca me condicionarão; nem o meu programa nem o meu pensamento. E nem sequer condicionam o meu tempo", escreve o presidente da Câmara do Porto, que também esclarece reconhecer o papel dos partidos políticos que considera serem "o sal da democracia".

Rui Moreira inicia a sua crónica dando um primeiro sinal da sua independência e liberdade: "Nos livros de comunicação política não está escrito que uma recandidatura deva ser anunciada a meio de um mandato. Manda a cartilha que haja um tabu e que os políticos escondam, prudentemente, as suas intenções. E mandam as práticas da conduta partidária que espere até ao limite para se comprometer, não vá o diretório abrir melhor oportunidade em Lisboa ou na Europa ou, até, decidir que será melhor candidato no município ao lado", acrescenta.

Mais à frente, recorda que montar uma campanha eleitoral como independente tem as suas dificuldades, face às dos partidos políticos e recorda os "boys" que estes possuem nos painéis televisivos de opinião, para concluir de seguida: "Mas tem uma enorme vantagem. A vantagem de hoje poder decidir, na minha intimidade, em total liberdade e consciência, se serei ou não candidato, se poderei ou não assumi-lo e se deverei ou não comunicá-lo.".

Rui Moreira conta depois que foi com toda a naturalidade que respondeu quinta-feira ao jornalista Júlio Magalhães que seria candidato independente. "Quinta-feira, uma hora antes de uma entrevista televisiva, decidi que estava em condições de responder, se me perguntassem, sobre se me recandidatarei em 2017. Além de mim, apenas um colaborador meu o sabia. Foi, por isso, com naturalidade que respondi que 'se a vida e Deus mo permitirem, serei candidato' e reafirmei que em condição alguma aceitarei integrar uma candidatura partidária ou aceitarei cargos políticos em Lisboa".

No artigo, o presidente da Câmara, que em 2013 obteve quase 40% dos votos, ganhando de forma clara as eleições autárquicas como independente, constata a surpresa que o seu anúncio causou nos diretórios dos partidos políticos: "A clareza das minhas palavras, a quase dois anos das eleições, parece ter baralhado a estratégia de concelhias, distritais, conselhos nacionais e direções partidárias. Porque o meu anúncio não cumpriu o desejo de alguns, que preferiam que me mantivesse no limbo, ou porque não lhes foi previamente comunicado.".

Leia aqui a crónica de Rui Moreira no CM

Veja a entrevista ao Porto Canal