Sociedade

"Spillover vai ser ao contrário"

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O presidente
da Câmara do Porto afirmou, na Assembleia Municipal de ontem à noite, que o
município vai ter um "inverno orçamental pesado nos anos que se
seguem", situação potenciada pelo facto de receber poucos fundos
comunitários até 2020.


Rui Moreira considerou
que " infelizmente, a situação é particularmente grave" e referiu que
os auditores externos contratados pelo Conselho Metropolitano do Porto
concluíram que a região (17 municípios) não terá mais do que 40 milhões de
euros no próximo quadro comunitário.


"Isto
representará para o município do Porto, no melhor cenário, qualquer coisa como
12 milhões de euros", vincou Rui Moreira, ressalvando que esta verba
exclui as dos "programas temáticos" do novo quadro comunitário,
conhecido por Portugal 2020. Estes abrangem áreas como a competitividade,
internacionalização e emprego.


"Neste
momento, percebemos que há uma apropriação de recursos para cobrir o orçamento
do Estado e alguns projetos cuja natureza não conhecemos e seguramente não
beneficiarão os municípios", afirmou, referindo-se ainda ao Portugal 2020.


Rui Moreira
acrescentou ainda que o Portugal 2020 é um "enorme desapontamento face às
expetativas criadas".


"Este
quadro comunitário é para cumprir normas de orçamento de Estado e é para os
mesmos definirem, mais uma vez, as mesmas coisas. Vamos ver grandes grupos
económicos a terem pequenas e médias empresas industriais", sustentou.