Proteção Civil

Rui Moreira foi à zona ribeirinha tranquilizar a população devido às cheias

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As águas do Rio Douro voltaram a galgar a margem e submergiram a Praça da Ribeira, na noite desta sexta-feira. O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, foi ao local para tranquilizar a população e confirmar a disponibilidade dos recursos humanos e de veículos da autarquia no auxílio aos moradores afetados pelas cheias.

A visita de Rui Moreira aconteceu numa das alturas em que as previsões apontavam para novo pico de transbordo do Rio Douro, o que aliás aconteceria e deixaria a Praça da Ribeira quase submersa na totalidade.

Proteção Civil e serviços municipais tinham contactado por diversos meios, inclusive diretamente porta a porta, os habitantes das zonas afetadas e/ou em risco, apurando necessidades e avisando para novo pico de perigo de cheia ao início da noite devido à preia-mar. As águas tinham já voltado a galgar a margem ao fim da tarde, na zona da Ribeira e Miragaia, como já era previsto, pelo que também a nova subida do nível do rio à noite não apanhou ninguém de surpresa.

Na sequência dos acontecimentos desde que as previsões se agravaram, nos primeiros dias da semana, Rui Moreira lembrou que os recursos municipais estavam, pelo menos, desde "há 24 horas a trabalhar", aproveitando para elogiar todos os envolvidos já que "estivemos à altura das necessidades da população e queremos, principalmente, que as pessoas não corram riscos". Rui Moreira defendeu, por isso, que as populações da zona devem deixar-se "estar em casa sossegadas, que as nossas equipas cá estão para tratar do que for preciso".

Com efeito, a Câmara do Porto pusera desde logo à disposição das populações ribeirinhas recursos humanos e veículos para transporte de bens para local seguro, assim como de pessoas em eventual necessidade. Rui Moreira destacou mesmo que a Proteção Civil Municipal do Porto antecipou-se à Proteção Civil nacional e à Capitania do Porto do Douro, em termos de alertas, assumindo desde o início uma intervenção que incluiu megafones em Miragaia e reboque de veículos para zonas seguras.

"Cuidámos da população, do seu comércio, fizemos muitos transportes e tivemos cuidados com os automóveis, sendo que nenhum deles ficou danificado", sublinhou o presidente.

Entretanto, se os efeitos da depressão Elsa estão à vista e ainda se fazem sentir - também em grande parte devido à necessidade das barragens do Rio Douro irem fazendo descargas - o IPMA alertou para a chegada de uma nova depressão. A Fabien atingirá Portugal neste sábado, em especial o Norte e o Centro, estando previstos intensos períodos de chuva e vento forte de Sudoeste com rajadas que podem atingir 90 km/hora no Litoral Norte e Centro e 120 km/hora nas terras altas.

Ainda assim, o IPMA considera que os efeitos da depressão Fabien não deverão ter em Portugal Continental a mesma intensidade que os da Elsa, prevendo uma melhoria gradual do estado do tempo a partir de domingo. 

Proteção Civil, Sapadores Bombeiros e Polícia Municipal mantêm-se presentes nas zonas ribeirinhas do Porto para as eventualidades e continuando as operações de auxílio necessárias à salvaguarda de bens e à prevenção da segurança das pessoas.