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Rui Moreira defende apoio ao comércio viável e não à Disneilândia com comércio de fachada e lojas-museu

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"Não queremos a Disneilândia do comércio de fachada; queremos lojas que sejam rentáveis" apontou hoje o presidente da Câmara na assinatura dos primeiros contratos-programa do

Fundo Municipal de Apoio ao Porto de Tradição.

Referindo-se a estes primeiros 25 estabelecimentos e uma entidade que serão apoiados por aquele fundo, que tem uma dotação global de 525 mil euros, Rui Moreira explicava assim os critérios quer deste incentivo financeiro quer da própria classificação pela lista Porto de Tradição, que também hoje abraçou mais 4 nomes icónicos da cidade e subiu para 85 o número de lojas e entidades beneficiadas. É que, conforme declarou, o comércio tradicional é importante e faz parte essencial da cultura de uma cidade, mas "não nos interessa que o Porto tenha lojas a que as pessoas vão como se vai a um museu"

Pelo contrário, Rui Moreira disse que os regulamentos envolvidos nestes apoios destinam-se a "comerciantes que conseguem demonstrar a sua exequibilidade". Ou seja, "isto não é um patrocínio para o que deixou de ser rentável", antes constituindo um apoio para estabelecimentos e entidades com potencial intrínseco para continuarem por gerações a fazer parte da Cultura da cidade.

A propósito, o presidente da Câmara recordou as décadas em que os centros comerciais proliferaram e pareciam transmitir a imagem de "uma cidade ideal, com estacionamento gratuito, sem pessoas a pedir esmola, os horários iguais, etc.". Mas lembrou também que o comércio tradicional do Porto não vivia antigamente apenas dos portuenses e contava com habitantes de outros concelhos que acabaram por se desenvolver e criar o seu próprio comércio tradicional. E a isso somou-se a quebra demográfica do Porto, que tem vindo a ser parcialmente compensada com os turistas e a sua procura pelo comércio tradicional.

Mesmo assim, Rui Moreira reafirmou que o apoio da Câmara ao comércio não é para manter negócios somente "de fachada", antes funcionando como um estímulo e incentivo aos resilientes que conseguiram ultrapassar as dificuldades e continuam a ter potencial económico ao mesmo tempo que se mantêm enquanto elementos da identidade cultural do Porto.

São eles, no caso dos contratos-programa assinados nesta tarde:

>Adão Oculista, Ldª

>Alcino Ourives

>Arcádia - Casa do Chocolate

>Armazém dos Linhos

>Barbearia Tinoco

>Benedito Barros, Ldª

>Bernardino Francisco Guimarães

>Casa Alvão

>Casa Crocodilo

>Casa Januário

>Confeitaria do Bolhão

>Confeitaria Serrana

>Eduardo Carneiro & Cª

>Farmácia Vitália

>Galerias da Vandoma

>José Rosas

>Lopo Xavier & Cª Ldª

>Marcolino - Relojoeiro

>Mármores e Granitos Felisberto ("Centenária Casa Felisberto")

>Orfeão do Porto

>Ourivesaria Coutinho

>Ourivesaria Luiz Ferreira

>Padaria Ribeiro

>Pinguim Café

>Principe Porto Portugal

>Restaurante Chinês ("Chinês da Ponte")