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Rui Moreira apresentou no Moscow Urban Forum a Cultura com a marca Porto

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Moscovo está a ser, esta semana, a capital global de debate sobre as cidades do futuro. No MUF 2018 - Moscow Urban Forum participaram oradores de todo o mundo, entre os quais o presidente da Câmara do Porto. Rui Moreira levou a este fórum o projeto que os portuenses escolheram para a sua cidade e o modo como ele está a ser desenvolvido, considerando braços específicos de ação: uma agenda de eventos, a Cultura como pilar da sustentabilidade social e económica e, associado, o apoio às indústrias criativas.

Realizado anualmente desde 2011, o MUF voltou a reunir líderes do poder local, decisores políticos, responsáveis do meio empresarial, arquitetos e urbanistas, investidores e empreendedores de startups de diversas geografias. No evento, que contou com a participação do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e juntou milhares de pessoas na assistência, o autarca do Porto foi convidado a intervir em dois momentos.

No painel "Capital de experiências: os eventos como impulsionadores da economia urbana", realizado na terça-feira, Rui Moreira deixou o exemplo de uma cidade que se colocou no mapa global ao reinventar-se como marca dinâmica, preocupada com os residentes e importada em criar relações fecundas com os turistas. Neste contexto, salientou a importância dos eventos, desportivos, de animação e culturais, como fatores de impulso à criação de novos negócios e de experiências positivas para os cidadãos, locais e visitantes, servidas num ambiente urbano realmente "confortável e interessante".

O peso da Cultura e das indústrias criativas na economia do futuro foi o tema da mesa-redonda em que o presidente da Câmara do Porto participou, já na quarta-feira. Neste encontro, o autarca considerou a Cultura uma "ferramenta principal" das cidades sustentáveis, explicando que no seu projeto para o Porto ela faz "o triângulo perfeito" de intervenção, juntando-se aos pilares económico e da coesão social.

Assumindo que entre um e outros pilares existem muitas pontes, um vasto território comum, Rui Moreira destacou, por exemplo, a importância de levar a Cultura "aos lugares onde ela é mais improvável", envolvendo os cidadãos; o fomento à criação de empresas criativas, chamando a este processo o meio académico, e o estabelecimento de um ecossistema empreendedor; ou a captação de investimentos, oferecendo oportunidades que não hipotecam a autonomia e o futuro da cidade.