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Rui Moreira aponta trabalho em rede como a base de uma Cidade Saudável

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O projeto "Porto, Cidade sem Sida" foi um exemplo apontado hoje pelo presidente da Câmara para evidenciar a importância do trabalho em rede na promoção da saúde que, como considera Rui Moreira, é por sua vez um dos pilares de uma cidade saudável.

O autarca falava nas III Jornadas Municipais de Saúde do Porto, que decorreram ao longo desta quinta-feira e focaram precisamente as "Redes promotoras de saúde: sinergias locais ao serviço das pessoas", reunindo no Auditório da Associação Nacional de Farmácias os presidentes da ANF, da ARS Norte e do Hospital de São João, bem como responsáveis do IEFP, da U.Porto, IPDJ, Segurança Social e várias outras instituições.

Aliás, é com várias dessas entidades que o Porto tem vindo a aprofundar o trabalho em rede, pois é ele que "constitui uma base sólida para o planeamento e atuação numa perspetiva de governança e governação eficazes, mais eficientes", como explicou Rui Moreira, referindo que a Rede Social do Porto congrega atualmente mais de duas centenas e meia de instituições, que diariamente desenvolvem a sua atividade em proximidade às pessoas da cidade, contribuindo para o desenvolvimento local, dos indivíduos e da comunidade.

Esse é um conjunto heterogéneo, o que permite uma abordagem integrada à promoção da saúde, pois "envolve a população como um todo e no seu contexto, orientando as suas ações para os determinantes sociais da saúde, não esquecendo as condições económicas, ambientais, políticas e culturais, e combinando abordagens e metodologias diversas e complementares". Ou seja, como considera o presidente da Câmara, o envolvimento do setor público, do privado e das redes de voluntariado permite "ir muito além da relação biomédica saúde/doença" e desenvolver ações geradoras de qualidade de vida para indivíduos e comunidades, com reflexo no acesso a bens e serviços essenciais como habitação, educação, lazer, cultura, condições de trabalho, "que permitam uma transformação positiva das suas condições de vida, potenciando a saúde, individual e coletivamente".

Assim, Rui Moreira disse reconhecer a saúde como "uma dimensão da vida que ultrapassa em larga medida a prestação de cuidados, envolvendo diferentes atores, em Rede, num processo complexo e desafiante de relações sociais, culturais e políticas". Donde a justificação das III Jornadas Municipais de Saúde do Porto que reuniram saberes e parceiros distintos para partilhar e discutir as melhores práticas.

Entre elas, e como exemplar, o tal referido programa "Porto, Cidade sem Sida" com que o Porto tem vindo a aprofundar e praticar o trabalho em rede pela comunidade, "no sentido da melhoria do bem estar dos cidadãos e da construção de uma sociedade mais resiliente e saudável", como afirmou também Rui Moreira, que concluiu citando o epidemiologista inglês e Professor de Saúde Pública Sir Michael Marmot: "A saúde é uma manifestação da forma como organizamos a sociedade, por isso, ao questionarmos sobre a saúde na sociedade, estamos a questionar a sociedade em si".