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Rui Moreira anuncia benefícios fiscais para as empresas tecnológicas

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O presidente da Câmara do Porto revelou hoje que está a preparar um pacote de benefícios fiscais para as empresas tecnológicas instaladas na cidade, de modo a prosseguir uma estratégia de atração de investimentos para o Porto que tem vindo a mostrar frutos, desde logo neste setor.

Rui Moreira falava na abertura da conferência "Fábrica2030", que levou à Fundação de Serralves convidados como António Mexia, Álvaro Santos Pereira, Carlos Moedas, Ana Pinho e Rui Miguel Nabeiro para debater temáticas que marcarão o futuro da indústria.

Na sua intervenção, o presidente da Câmara referiu ainda os grandes investimentos em recursos humanos de que a indústria necessita, designadamente para fazer face às mudanças originadas pela transformação tecnológica, e salientou também a "extraordinária resiliência" com que os empresários portugueses enfrentaram uma "crise terrível" cuja responsabilidade Rui Moreira atribuiu ao Estado.

Assinalando o 3.º aniversário do portal de informação económica ECO e o 30.º aniversário da Fundação de Serralves, a iniciativa juntou assim alguns dos protagonistas da cena pública nacional, entre os quais representantes dos mais importantes grupos industriais portugueses, com o objetivo de escalpelizar os principais desafios dos vários setores da indústria.

"Como se perspetiva a evolução do peso do setor secundário no produto interno português?" foi uma das questões em análise, mas falou-se igualmente do binómio evolução/revolução a propósito de robotização, machine learning e inteligência artificial, bem como das áreas prioritárias para o investimento no ciclo de produção e distribuição.

O papel do Estado na facilitação de um ambiente mais propício à atividade industrial e a evolução que se pode esperar ou não na relação entre investimento estrangeiro e capital português foram outros dos aspetos debatidos na conferência, tendo o Comissário Europeu responsável pela Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, falado em oportunidades no setor digital para a indústria portuguesa, enquanto o ex-ministro da Economia e atual diretor da OCDE Álvaro Santos Pereira defendeu o combate à corrupção como prioridade nacional.