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Red Bull Air Race volta a pôr o Porto de cabeça no ar nos primeiros dias de setembro

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"Smoke on!" Entre 1 e 3 de setembro, os aviões da Red Bull Air Race estão de regresso aos céus do Porto e Gaia. Será o maior evento desportivo do ano em Portugal. Perdido pela cidade em 2010, regressa graças à união entre os Municípios e as entidades de Turismo. Rui Moreira diz que é sustentável, importante para a imagem da cidade e reforça o orgulho portuense.


 


Oito anos depois da sua última visita, os aviões da Red Bull Air Race vão voltar a rasgar os céus do Porto. O anúncio foi
hoje oficializado, no Porto, pela organização da prova, pelos presidentes das Câmaras do Porto e de Vila Nova de Gaia e pelo presidente da Entidade de Turismo Porto e Norte. Turismo de Portugal e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte foram elogiadas pelo papel que desempenharam na viabilização do evento que custará cerca de três milhões de euros. Às autarquias de Porto e Gaia caberá o pagamento de apenas 225 mil euros, cada, a que acrescem alguns custos logísticos ainda a apurar.


Para Rui Moreira, "a diversificação de públicos que tem sido conseguida, tocando várias modalidades desportivas, tem sido importante para criar visibilidade em vários pontos do mundo e em diversos nichos", referindo-se à realização do Mundial de Fórmula 1 em Motonáutica e de uma Street Stage do Rally de Portugal, nos dois últimos anos, mas acrescenta: "A Red Bull Air Race é, contudo, a que mais público concentra, a que garante, com os apoios conseguidos, os melhores níveis de sustentabilidade económica e, simultaneamente, cria menos constrangimentos à cidade".


O autarca mostrou-se ainda particularmente satisfeito por se saber que "este é um regresso bem vindo e até muito ansiado pelos portuenses", já que prova foi perdida pelo Porto, em condições que, na altura, a opinião pública não entendeu bem. "O seu regresso, com os apoios que foram conseguidos, com a articulação entre Porto e Gaia e com o empenho das entidades nacionais e regionais de turismo e de coordenação, é, além do mais, uma conquista da região e a demonstração que a união política e de vontades, pode fazer milagres". Rui Moreira deixou ainda um agradecimento especial a Melchior Moreira, presidente da Entidade Regional de Turismo Porto e Norte, pelo empenho pessoal que colocou neste regresso.


 

A etapa portuguesa terá lugar no primeiro
fim de semana de setembro e será a sexta e antepenúltima de um calendário composto
por oito provas, a primeira das quais já disputada a 10 e 11 de fevereiro, em
Abu Dhabi. A última prova do ano terá lugar em Indianápolis, nos Estados
Unidos, a 14 e 15 de outubro.

Tal como nas anteriores três visitas ao
Porto, nos anos de 2007, 2008 e 2009, o circuito será desenhado entre a Ponte
da Arrábida e a Ponte Luiz I. De acordo com a organização do evento, esta vai
ser uma das provas mais rápidas e desafiantes que os pilotos têm de enfrentar
ao longo da temporada e promete, como no passado, encher por completo as zonas ribeirinhas de Porto e Gaia. Trata-se, aliás, do evento com maior potencial de público realizado em Portugal num fim de semana.


 


A pista temporária no Queimódromo
continuará a ser a base operacional da prova que, em 2017, se desenrolará ao
longo de três dias, a 1, 2 e 3 de setembro, entre treinos livres (sexta-feira),
qualificações (sábado) e finais (domingo).


 


Uma das novidades na estrutura da prova,
face às anteriores edições, é a divisão dos participantes em duas séries
distintas: a "Master Class", com 14 pilotos, e a mais recente "Challenger
Class", para já com nove pilotos que se iniciam nesta exigente competição.


 


Criada em 2003 e transformada em
Campeonato do Mundo em 2005, a Red Bull Air Race é seguida por milhões de fãs
em todo o mundo. Organizada pela Red Bull International, a competição envolve
os melhores pilotos de corridas aéreas a nível mundial, num desafio que combina
velocidade, precisão e destreza.


 


Equipados com as mais modernas aeronaves
da atualidade, os ases dos ares executam manobras vertiginosas e alucinantes,
numa luta constante contra o cronómetro, ao longo de um traçado delimitado por
pórticos insufláveis, onde se atingem velocidades acima dos 400 km/hora (a
baixa altitude) e se podem superar os 10 G de aceleração.


 


As três edições realizadas em Portugal,
nas cidades do Porto e de Gaia, continuam a figurar no registo dos maiores
recordes de assistência averbados neste campeonato.


 


O alemão Mathias Dolderer é o atual
campeão em título, integrando o lote de sete pilotos inscritos em 2017 que já
voaram sobre as águas do Douro em anteriores edições.


 


Em Portugal, a SIC será a televisão
oficial do evento, que será transmitido a nível planetário para uma audiência
estimada em 300 milhões de telespetadores.